MP da Espanha pede prisão de diretor que beijou jogadora sem consentimento
Luis Rubiales é acusado de coação e agressão sexual
O Ministério Público da Espanha pediu, nesta quarta-feira, 27, uma pena de dois anos e meio de prisão para Luis Rubiales, ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol, por um beijo não consentido dado na jogadora Jenni Hermoso durante a final da Copa do Mundo feminina, na Austrália, em agosto do ano passado.
Segundo texto do MP, visto pela agência de notícias AFP, Rubiales é acusado de crime de agressão sexual pelo beijo, além de também ser acusado por coação, após ter pressionado a atleta a “justificar e aprovar o beijo que recebeu contra sua vontade”.
Em outubro, o Comitê Disciplinar da Fifa baniu Rubiales de participar de qualquer atividade relacionada ao futebol por três anos.
O vídeo que mostra Rubiales beijando Hermoso na boca viralizou rapidamente em 20 de agosto. O caso ganhou proporção na mídia e nas redes sociais, e Rubiales foi criticado por membros do governo espanhol, como o primeiro-ministro Pedro Sánchez. Após o episódio, a seleção espanhola anunciou greve contra o dirigente. Hermoso apresentou uma queixa legal e o Ministério Público anunciou que abriria um inquérito sobre o caso para investigar o enquadramento como agressão sexual.
O ex-presidente já havia assumido o erro, mas chegou a classificar seus críticos como idiotas e disse que não abriria mão do cargo.