Morreu neste sábado,10, o terrorista Theodore John Kaczynski, conhecido popularmente como Unabomber. Com 81 anos, ele estava em um centro médico da prisão federal de Butner, no estado americano da Carolina do Norte, onde foi encontrado inconsciente. A causa da morte ainda não foi revelada.
Kaczynski ficou conhecido por ataques a acadêmicos e empresários que ocorreram entre os anos de 1978 e 1995. Ele foi responsável pela morte de três pessoas e por ferir outras 23 através do envio de pacotes-bomba que produzia artesanalmente.
Em 1995 ele chantageou dois dos maiores jornais americanos para publicar um manifesto em que dizia que seu objetivo era colapsar a ordem social moderna. Segundo o The New York Times, o documento “argumentou que os danos ao meio ambiente e os efeitos alienantes da tecnologia eram tão hediondos que os alicerces sociais e industriais da vida moderna deveriam ser destruídos.”
A busca por ele foi conhecida como a mais longa e dispendiosa caçada da história americana e só acabou em 1996, dois anos antes de ele ser condenado à prisão perpétua.
Apesar das motivações terríveis, durante a década de 1960, Kaczynski foi considerado um dos matemáticos mais brilhantes dos Estados Unidos. Ele tirou seu diploma em Harvard, onde se formou com uma nota acima da média, fez doutorado em Michigan e foi professor universitário até 1972, quando abandonou a carreira e foi morar num lugar remoto do estado de Montana.
Ele começou a montar os explosivos na choupana em que morava. As primeiras vítimas foram um professor e um aluno de pós-graduação da Northwestern University, em Chicago, em 1978. Dois anos depois, uma bomba produzida por ele explodir dentro de um avião da American Airlines e outra feriu o então presidente da companhia, Percy Wood.
A primeira morte, contudo, aconteceu em 1985, quando uma bomba carregada com perfurocortantes vitimou o empresário Hugh Scrutton. Os próximos ataques fatais ocorreram entre 1994 e 1995 e foram contra um publicitário de Nova Jersey e um lobista da indústria florestal.
Após a prisão ele admitiu ter cometido 16 dos ataques e fez um acordo que o livrou da pena de morte.