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Morre cardeal americano acusado de acobertar pedofilia na Igreja

Bernard Law, figura central no escândalo de abusos sexuais revelado por jornal americano em Boston, tinha 86 anos

Por EFE
Atualizado em 21 dez 2017, 13h08 - Publicado em 20 dez 2017, 20h08
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  • O cardeal americano Bernard Law, acusado de acobertar casos de padres pedófilos quando era arcebispo de Boston, nos Estados Unidos, entre os anos de 1984 e 2002, morreu nesta quarta-feira, aos 86 anos, em Roma. O religioso estava hospitalizado na capital italiana e morreu no início da manhã devido a problemas no coração, informou o Vaticano.

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    Law tornou-se um dos principais símbolos dos escândalos de pedofilia envolvendo a Igreja Católica nos Estados Unidos e no mundo. Em 2002, reportagens do jornal americano Boston Globe revelaram que o cardeal foi responsável por encobrir centenas de casos de abusos de menores por padres da diocese de Boston. A história da investigação jornalística serviu de base para o longa Spotlight – Segredos Revelados, que conquistou o Oscar de melhor filme em 2016.

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    O cardeal, diante das acusações de não ter tomado medidas contra os sacerdotes acusados, limitando-se apenas a mudá-los de paróquia, renunciou ao posto de arcebispo de Boston diante do escândalo. Law nunca foi acusado criminalmente pelos incidentes. Em 2004, ele foi nomeado arcipreste da Basílica de Santa Maria Maggiore, uma das quatro mais importantes de Roma, pelo então papa João Paulo II.

    O Papa Francisco manifestou pesar pela morte de Law e, em carta, disse que pedirá em suas orações para que “o Senhor Deus, rico em misericórdia, possa recebê-lo em Sua paz eterna”. O pontífice não fez referência aos escândalos envolvendo o cardeal, que foi nomeado ao posto em 1985 por João Paulo II.

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    Law nasceu em 1931, em Torreón, no México, foi ordenado sacerdote em 1961 e, em 1973,  tornou-se bispo de Springfield-cape Girardeau, no Missouri, para depois ser promovido a arcebispo metropolitano de Boston em 1984.

    Ao deixar os Estados Unidos, o cardeal viveu no Vaticano e nunca se prestou a testemunhar perante a Justiça americana, conforme solicitado, e tampouco concedeu entrevistas. Em dezembro de 2002, ao deixar o posto de arcebispo de Boston, o religioso pediu “desculpas e perdão a todos os que sofreram por minhas falhas e pelos meus erros”.

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