Moçambique registra 518 mortos e 517 casos de cólera depois de tragédia
Aviões da FAB com equipe de resgate e insumos médicos para a população moçambicana aterrizam nesta segunda-feira
O total de mortes em consequência da passagem do ciclone Idaí em Moçambique subiu para 518 nesta segunda-feira, 1º, de acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGC). Na província de Sofala, a mais atingida pelo fenômeno, os casos registrados de cólera chegam a 517.
Moçambique não foi o único país afetado pelo ciclone. O Zimbábue registrou 181 mortes, e o Malawai, 59. O balanço total de vítimas após a passagem do ciclone tropical pelo sudeste da África chega a 758. Já os números de desabrigados nas principais províncias moçambicanas – Sofala, Manica, Zambézia e Tete – alcançam 843 mil.
A Organização das Nações Unidas estima que os números de desabrigados passem de um milhão e meio de pessoas em toda a região afetada.
Ajuda humanitária brasileira
Os dois aviões C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) com ajuda humanitária aterrizaram nesta segunda em Moçambique. As aeronaves transportaram uma equipe de 40 bombeiros e militares que participaram dos resgates em Brumadinho e que, na África, contribuirão nas buscas por sobreviventes da tragédia moçambicana.
A FAB também embarcou nesses voos equipamentos – como camionetes, geradores, botes e ferramentas de resgate – e 870 quilos de insumos médicos, que serão suficientes para cerca de 3 mil pessoas em um período de 3 meses. Os aviões tinham partido de Minas Gerais na sexta-feira 29.
Na segunda-feira 25, o governo brasileiro anunciara a doação de 100 mil euros (cerca de 436 mil reais) para ajudar a reconstrução do país. A Unicef, entretanto, estipulou um valor de 122 milhões de dólares somente para o auxílio das crianças afetadas. A instituição estima haver mais de 1,5 milhão de menores necessitados de ajuda humanitária em toda região.
(Com EFE)