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Ministra francesa é criticada por estampar capa da Playboy

Episódio deu munição para oposição, que toma ruas do país há semanas contra impopular reforma da Previdência promovida por Emmanuel Macron

Por Da Redação 3 abr 2023, 12h16

A secretária de Estado da França, Marlène Schiappa, causou polêmica ao estampar a capa da edição da revista Playboy que vai às bancas nesta semana. Apesar de estar vestida nas fotos, o episódio deu munição para a oposição, que toma ruas do país há semanas contra a impopular reforma da Previdência promovida pelo governo de Emmanuel Macron.

De acordo com a mídia local, a primeira-ministra Élisabeth Borne teria telefonado para Schiappa para criticar a decisão e dito que a atitude “não foi apropriada, especialmente no período atual”.

PARIS, FRANCE - MARCH 17: Minister Marlene Schiappa attends 40 Femmes Forbes 2021 Awards Ceremony At Hotel Fouquet's on March 17, 2022 in Paris, France. (Photo by Foc Kan/WireImage)
A ministra Marlène Schiappa participa da cerimônia de premiação do 40 Femmes Forbes 2021 no Hotel Fouquet’s. 17/03/2022 – (Foc Kan/WireImage/Getty Images)

O movimento de protestos contra o aumento da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos é a maior crise doméstica do segundo mandato de Macron. Greves afetam refinarias, coleta de lixo, transporte ferroviário, aeroportos e escolas e autoridades em Paris e em várias cidades relataram confrontos entre a polícia e os manifestantes.

Sandrine Rousseau, parlamentar e ativista dos direitos das mulheres também criticou Schiappa.

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“Os corpos das mulheres devem poder ser expostos em qualquer lugar, não tenho problema com isso, mas há um contexto social”, disse ela ao canal de TV BFM.

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Apesar da repercussão negativa, Schiappa defendeu sua posição. Em publicação no Twitter, disse estar “defendendo o direito das mulheres de fazer o que quiserem com seus corpos: em todos os lugares e o tempo todo. Na França, as mulheres são livres. Se isso incomoda os retrógrados e hipócritas ou não”.

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O editor da Playboy francesa, Jean-Christophe Florentin, também saiu em defesa da ministra e da própria revista, que costuma receber críticas de objetificação dos corpos das mulheres. Para ele, apesar de ainda conter algumas mulheres sem roupa, elas não são o foco da publicação.

“A Playboy não é uma revista pornográfica leve, mas um ‘mook’ (uma mistura de livro e revista) trimestral de 300 páginas que é intelectual e está na moda”, disse Florentin.

As fotos da ministra serão acompanhadas de uma entrevista sobre os direitos das mulheres e dos homossexuais, além de temas polêmicos como o aborto. Schiappa é convidada regular de programas de entrevistas na TV francesa e foi uma autora feminista antes de iniciar uma carreira na política.

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