Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Milei nomeia Luis Caputo como seu ministro da Economia

Nome ligado à centro-direita, ele foi ministro das Finanças e presidente do Banco Central no governo do ex-presidente Mauricio Macri

Por Da Redação
Atualizado em 29 nov 2023, 10h15 - Publicado em 29 nov 2023, 09h24

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, fez o aguardado anúncio do seu nomeado para chefiar o Ministério da Economia nesta quarta-feira, 29. Após muita especulação, o ultraliberal escolheu Luis Caputo para o cargo, um nome ligado à mais moderada centro-direita.

A confirmação foi feita em entrevista à rádio argentina Continental, após Milei retornar de sua primeira viagem como presidente eleito, aos Estados Unidos.

“O ministro da Economia é Luis Caputo”, declarou o liberal na entrevista à rádio, embora sua equipe ainda não tenha divulgado a informação. Ele foi foi acompanhado por Caputo durante a visita a território americano.

O novo titular da pasta tem já foi ministro das Finanças no governo do ex-presidente Mauricio Macri, de quem Milei depende para angariar apoio no Congresso e garantir a governabilidade.

+ ‘Se Lula quiser vir, será bem-vindo’, diz Javier Milei sobre sua posse

Ele também ocupou a Presidência do Banco Central, que o chefe de Estado argentino prometeu extinguir, embora já tenha moderado o discurso.

Continua após a publicidade

No malabarismo de Milei para conciliar seus aliados de extrema direita e de centro-direita em seus gabinetes, acabou recebendo críticas dos ultraliberais pela opção por Caputo. Afinal, o macrismo, que perdeu nas urnas com a ex-candidata Patricia Bullrich, comandará a área mais importante do país.

Caputo substitui Sergio Massa no posto, candidato peronista que concorreu contra Milei no segundo turno e perdeu por uma impressionante margem de 11 pontos percentuais.

+ Milei confirma que proposta de fechar Banco Central ‘não é negociável’

A indicação ao cargo foi tão aguardada porque o novo ministro terá o enorme desafio de tirar a Argentina do profundo buraco em que se enfiou. A inflação acumulada nos últimos doze meses é de 142%, com expectativa de bater em 200% no início do próximo ano. O dólar passou de 1 000 pesos e a taxa de juros do Banco Central atingiu 133% ao ano.

Continua após a publicidade

A crise levou mais de 40% da população para uma vida abaixo da linha de pobreza. Pior situação só se viu em 2001, quando o governo confiscou as contas da população, o famoso “corralito”, levando a uma onda de protestos nas portas dos bancos.

Após ser eleito, Milei avisou que o remédio da sua receita será amargo e que “não haverá espaços para gradualismo”. Até o momento, contudo, não detalhou como cumprirá a promessa de cortar 15% dos gastos do governo e acabar com subsídios nas tarifas públicas.

+ Os desafios que a eleição de Milei impõe à relação Brasil-Argentina

Para complicar ainda mais, o país deve 44 bilhões de dólares ao FMI e não tem reservas para honrar o empréstimo. Caputo já se reuniu com o FMI na terça-feira 28, em Washington, mas nenhum dos lados divulgou comunicados após o encontro.

Continua após a publicidade

O novo ministro foi um dos principais responsáveis pela negociação do acordo em 2018, enquanto era ministro das Finanças de Macri. Na época, segundo a mídia argentina, enfrentou o staff do órgão internacional para que o Banco Central da Argentina tivesse a possibilidade de intervir no mercado cambial, coisa que faz até hoje.

O acordo, porém, saiu pela culatra. Hoje, a Argentina sequer consegue pagar os juros da dívida com o fundo, o que obriga o FMI a emprestar-lhe o montante sempre que chega a data da fatura. O ciclo sem fim, alguns sugerem, poderia ser quebrado com o perdão da dívida – o que marcaria para sempre o fundo internacional com o maior calote da história.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.