Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

México ‘pausa’ relações com EUA após sofrer críticas a reforma no Judiciário

Presidente mexicano frisa que interrupção se limita à embaixada e ao Departamento de Estado, não representando um rompimento total com Washington

Por Da Redação 27 ago 2024, 16h06

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, conhecido como AMLO, anunciou nesta terça-feira, 27, uma “pausa” das relações com a embaixada dos Estados Unidos após críticas sobre a reforma no judiciário mexicano. Ele frisou que a suspensão se limita ao posto na Cidade do México e ao Departamento de Estado, não representando um rompimento das relações diplomáticas com Washington.

A declaração ocorre poucos dias após o embaixador americano no país, Ken Salazar, afirmar que as mudanças no sistema judicial são um “grande risco para o funcionamento da democracia no México”.

“Espero que haja uma declaração deles (dos Estados Unidos) de que serão respeitosos com a independência do México”, sugeriu AMLO, na sua habitual coletiva de imprensa diária. “Enquanto isso não acontecer e eles continuarem com essa política, então há uma pausa com a embaixada.”

O líder mexicano destacou que a decisão “não é pessoal” e que teve “uma relação boa e construtiva” com Salazar. Anteriormente, ele já havia criticado “atos de desrespeito à nossa soberania” e “atitude intervencionista grosseira” por parte de Washington, chamando as declarações do embaixador de “infelizes e imprudentes”.

Críticas dos EUA

Na última sexta-feira, o americano disse a repórteres que “democracias não podem funcionar sem um poder judicial forte, independente e não corrupto” e que “qualquer reforma judicial precisa ter salvaguardas de que o poder judicial seja fortalecido, e não sujeito a condições políticas”.

Continua após a publicidade

Salazar defendeu que a reforma sugerida pelo governo do México “ajudaria cartéis e outros maus atores a tirar vantagem de juízes inexperientes com motivações políticas” e “criaria turbulência” na política e economia. Entre as propostas sugeridas na reforma está a exigência de que os juízes sejam eleitos, ideia que foi recebida com desconfiança por investidores e gerou uma série de protestos ao redor do país.

+ Em nota conjunta, Brasil, Colômbia e México cobram atas eleitorais da Venezuela

Entenda a reforma

Na prática, bastaria ser formado em direito e ter alguns anos de experiência para ser eleito juiz pelo voto popular. Além disso, o número de ministros do Supremo seria diminuído de 11 pra 9. Eles também teriam o mandato reduzido em três anos, de 15 para 12. O teto salarial também seria alvo de alterações, com os magistrados recebendo no máximo R$ 30 mil, o mesmo salário de AMLO.

A reforma, encabeçada pelo líder mexicano, pode ser levada à votação pelo Congresso na semana que vem. O presidente argumenta que as mudanças são necessárias para barrar a corrupção e decisões que libertem traficantes de drogas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.