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México: continua busca por crianças em escombros de escola

Os serviços de resgate trabalham para tirar dos escombros uma menina, que apresentou sinais de vida

Por Da redação
20 set 2017, 22h15
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  • A busca por sobreviventes soterrados nos escombros da escola Enrique Rebsamen, na Cidade do México, continua após o terremoto que atingiu o país nesta terça-feira. Ao menos 21 crianças morreram após o desabamento do prédio e 30 ainda estão desaparecidas.

    Até agora, 11 alunos e ao menos uma professora foram resgatados com vida. De acordo com o mais recente boletim da Secretaria de Educação Pública do México, o desabamento da escola causou a morte de 25 pessoas – 21 crianças e quatro adultos. A instituição era um edifício de três andares, agora reduzido a apenas um.

    Os serviços de resgate estão trabalhando nesta quarta-feira para tirar dos escombros uma menina de 12 ou 13 anos, guiados por provas que confirmam que a criança segue viva. Segundo o jornal El Universal, a garota se chama Frida Sofía e está presa debaixo de uma grande mesa de granito, que fazia parte de uma cozinha na escola.

    A imprensa local especula que outras três crianças também possam ter ficado presas ao lado de Frida, depois de terem se abrigado embaixo da mesa durante o tremor. A menina deu sinais de vida por volta das 9h do horário local (11h em Brasília), quando pediu água e explicou que não conseguia se mexer. De acordo com o El Universal, Frida está presa em um espaço de por volta de 45 centímetros, o que dificulta que os bombeiros entrem nos escombros para retirá-la.

    “Não há poder humano que possa imaginar o que estou passando”, desabafou Adriana Fargo, mãe da menina, durante a madrugada, em um abrigo improvisado a céu aberto, enquanto aguardava notícias da filha desaparecida.

    Enquanto isso, seu marido trabalha lado a lado com centenas de soldados, bombeiros e socorristas, que removem cuidadosamente os escombros em busca de sinais de vida. As equipes têm usado pás e até as próprias mãos para retirar os pedaços de cimento do local. “Estamos muito perto de pessoas que podem estar vivas. Trabalhamos com câmeras térmicas e cães farejadores. Em alguns momentos pedimos silêncio absoluto para escutar os sobreviventes”, relata Pamela Diaz, de 34 anos, que trabalha no resgate.

    O terremoto

    Na terça-feira à tarde, o centro do México foi sacudido por um tremor de 7,1 graus. No mesmo dia, o devastador terremoto de 1985 completava 32 anos. Segundo um novo relatório divulgado pelas autoridades, 230 pessoas morreram, 100 delas somente na capital.

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    Enquanto os esforços de resgate continuam na escola, equipes de emergência, voluntários e transeuntes se empenham em encontrar sobreviventes em outros locais usando cães, câmeras e equipamento de detecção de calor. Reforços também começaram a chegar vindos de países como Panamá, Israel e Chile.

    Embora muitos continuem desaparecidos, 52 pessoas foram resgatadas até agora de edifícios danificados na Cidade do México, disse o prefeito Miguel Angel Mancera. No Estado de Morelos, ao sul da capital, morreram 71 pessoas, com centenas de casas destruídas. O governador local declarou cinco dias de luto. Em Puebla, pelo menos 43 morreram.

    (com agências internacionais)

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