Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Mesmo seguindo as orientações da OMS, Peru tem quase 124.000 casos

População de baixa renda se expõe na retirada do auxílio emergencial em agências bancárias e na compra de alimentos

Por Da Redação
Atualizado em 26 Maio 2020, 12h36 - Publicado em 26 Maio 2020, 12h17
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Apesar de o Peru ter seguido todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater a Covid-19, causada pelo novo coronavírus, o país se tornou um foco da doença na America do Sul, com quase 124.000 casos, atrás apenas do Brasil. A desigualdade social força boa parte da população a violar as regras de confinamento, seja para buscar os meios de sobrevivência ou para obter o auxílio emergencial, em um quadro similar ao brasileiro.

    O presidente, Martín Vizcarra, estendeu pela quinta vez o estado de emergência do país na sexta-feira 22. A nova data prevista para o fim da quarentena é 30 de junho e, até lá, o confinamento e toques de recolher continuarão em vigor. Vizcarra condenou a atitude dos peruanos que saíram de casa desde que o país entrou no combate a Covid-19.

    “Esse tipo de comportamento é individualista, egoísta e ignora o que está acontecendo ao nosso redor e, principalmente, o que trouxe essa situação sobre nós, não apenas no Peru, mas no mundo todo”, afirmou o presidente.

    ASSINE VEJA

    Coronavírus: ninguém está imune
    Coronavírus: ninguém está imune Como a pandemia afeta crianças e adolescentes, a delação que ameaça Witzel e mais. Leia na edição da semana ()
    Clique e Assine

    Com 123.979 casos confirmados e 3.629 mortes, a situação no sistema pública de saúde começa a preocupar as autoridades. Segundo o governo, 85% dos leitos de UTIs já estão ocupados, e com uma média de 4.000 novos casos por dia, não irá demorar muito para que os hospitais entrem em colapso.

    Continua após a publicidade

    Seguindo a tendência de outros países, o governo peruano aprovou um pacote de estímulo econômico para auxiliar a população mais vulnerável, porém a distribuição do recurso foi alvo de críticas. Segundo dados oficiais, 38% dos adultos no país não possuem uma conta bancária na qual o governo possa fazer o depósito. A consequência é clara: milhares de pessoas vão aos bancos para sacar o dinheiro, assim como acontece no Brasil.

    O dinheiro do auxílio é gasto principalmente nos mercados para a compra de alimentos. Segundo o senso de 2017 do país, 49% das casas peruanas possuem um refrigerador, sendo que a maioria deles se encontram nos grandes centros urbanos. Esse fator força metade das famílias a fazer compras diárias nos mercados.

    “Nós devemos enfrentar (as aglomerações) porque não há outra alternativa”, disse uma peruana para a emissora CNN. “Se não, nós não vamos ter comida. Nós não temos o que comer, por isso viemos aqui”.

    A prorrogação do estado de emergência veio com novas medidas. Agora, o governo permitirá a reabertura de alguns estabelecimentos, como salões de beleza, serviços de entregas de comida e consultórios de dentistas. Na segunda-feira 25, Vizcarra anunciou que a prioridade será reforçar os protocolos de saúde nos supermercados do país.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.