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Mercosul conclui acordo de livre comércio com a Efta

Bloco europeu é formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein; pacto com UE está ameaçado por crise ambiental no Brasil

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 23 ago 2019, 19h21 - Publicado em 23 ago 2019, 18h42

O Mercosul concluiu nesta sexta-feira, 23, em Buenos Aires, a negociação do acordo de livre comércio com o bloco formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein – a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta, na sigla em inglês). O Itamaraty estima que essa liberalização resultará no aumento de 5,5 bilhões de dólares nas exportações do Brasil ao longo de 15 anos.

Com a conclusão deste acordo, o Mercosul atinge seu segundo maior objetivo de abertura comercial. O primeiro foi o pacto com a União Europeia, firmado em julho passado, que se vê ameaçado neste momento pelas posições do presidente Jair Bolsonaro em relação ao meio ambiente e à agenda de mudança climática.

A implementação do acordo com a Efta se dará somente depois da ratificação de seus termos pelos Legislativos dos oito países envolvidos. Não há previsão de quando isso acontecerá, mas há possibilidade de entrar em vigor antes do pacto com a União Europeia, que envolve 31 países.

Os detalhes do acerto fechado em Buenos Aires não foram divulgados pelo Itamaraty para a imprensa. Um dos mais importantes é o acesso a mercado para produtos agropecuários do Mercosul aos países do Efta, alguns dos quais são conhecidos pelo alto volume de subsídios que destinam a seus produtos. É o caso da Suíça. Outro detalhe de extrema relevância diz respeito à abertura do Mercosul às importações industriais desses países.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou por meio de nota que a conclusão desse acordo é “um passo importante na estratégia de abertura comercial do Brasil e na maior inserção internacional” dos setores manufaturados brasileiros. As quatro economias da Efta, países europeus que não integram a União Europeia, totalizam juntas um PIB de 400 bilhões de dólares.

“O acordo deve abrir o mercado (do Efta) para produtos importantes do Brasil, que atualmente enfrentam tarifas, como alumínio, laminados de ferro, produtos químicos, autopeças, além de aumentar cotas para os produtos agrícolas como carne”, afirmou o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, na nota.

“Assim, o Brasil consegue abrir o mercado com previsibilidade, sem ser de forma abrupta, e gera ganhos de exportação e mais acesso para os produtos brasileiros”, completou.

O Brasil já chegou a exportar para os países do Efta um total de 3,3 bilhões de dólares em produtos, em 2014. No ano passado, porém, essa cifra caiu para 1,8 bilhão de dólares. Para a CNI o acordo ajudará o país a reverter essa queda.

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