Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Mercosul analisa medidas contra Maduro por eleições contestadas, diz Uruguai

Anúncio foi feito pelo ministro das Relações do Uruguai, Omar Paganini, à Rádio Sarandí; governo uruguaio ocupa presidência rotatória do bloco comercial

Por Paula Freitas Atualizado em 31 jul 2024, 18h41 - Publicado em 31 jul 2024, 17h02

O Mercosul analisa tomar medidas contra a Venezuela em meio à contestação dos resultados das eleições do país, que proclamaram a vitória do presidente Nicolás Maduro. A movimentação foi anunciada pelo ministro das Relações do Uruguai, Omar Paganini, à Rádio Sarandí. O governo uruguaio ocupa a presidência rotatória do bloco comercial, que também é composto por Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai.

Questionado sobre o pleito, Paganini disse que o Mercosul irá “estudar” quais consequências podem ser aplicadas ao regime chavista, mas que “provavelmente sim” o grupo tomaria alguma atitude sobre a situação na Venezuela. Embora não tenha detalhado sobre quais medidas seriam infligidas, o ministro disse que está “conversando com outros países” sobre quais serão os próximos passos.

A declaração ocorre poucos dias após o governo de Maduro retirar “toda a equipe diplomática das missões na Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai” e expulsar diplomatas dos países em questão da Venezuela. Em resposta à decisão de Caracas, Paganini disse que o episódio mostra que o líder venezuelano  dá “pouca importância” à comunidade internacional.

+ Rival de Maduro, González agradece Brasil e outros países por cobrarem atas eleitorais

Críticas a países aliados de Maduro

Além disso, o chanceler criticou governos que “se apressaram” para reconhecer a reeleição de Maduro, uma espécie de “carta branca” a um “regime que fez tudo mal”. Ele também afirmou que o apoio “foi um alinhamento ideológico ignorando os princípios da democracia”. Entre os países que aceitaram o resultado estão Rússia, China, Coreia do Norte, Cuba, Nicarágua, Irã, Honduras e Bolívia.

Continua após a publicidade

“Neste momento, o que importa para que a Venezuela siga um caminho democrático é que o regime aceite fazer uma contagem fiel dos resultados das eleições. Que não faça o que fez, que com um percentual da apuração emitiu um relatório e proclamou um presidente sem fechar nenhuma apuração nem ato formal”, frisou Paganini.

“A posição internacional tem que ser essa: não reconhecer este governo até que se demonstre que a eleição foi bem contabilizada. Estamos seguros de que os dados iniciais estão completamente errados. Para começar, a soma dá mais de 100%. Nem sequer se deram ao trabalho de fazer números que fossem consistentes”, acrescentou.

No Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT) declarou o triunfo de Maduro em nota, na qual reforçou que é “importante que o presidente Nicolás Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua vez, cobrou que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), responsável por atestar novo mandatário, divulgue as atas eleitorais para comprovar vitória.

“Como resolve essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo”, afirmou Lula.

Continua após a publicidade

“Na hora que tiver apresentado as atas, e for consagrado que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela”, concluiu o petista.

+ Lula cobra que Maduro mostre atas eleitorais, mas atenua e diz que pleito foi ‘tranquilo’

Por que a eleição foi contestada?

Na madrugada desta segunda, o CNE, órgão federal controlado pela ditadura, apontou vitória de Maduro com 51% dos votos, contra 44% do candidato oposicionista, Edmundo González Urrutia, que substituiu María Corina Machado, vencedora das primárias da oposição, após ser inabilitada pelo regime chavista. Em contraste, levantamentos de boca de urna sugeriram que o rival de Maduro teria vencido o pleito com 65% de apoio, contra apenas 31% do líder bolivariano.

A oposição, por sua vez, alega que González teria recebido 73% dos votos, enquanto Maduro teria arrematado menos de 30%. O principal ponto de questionamento da oposição e da comunidade internacional é que o regime não divulgou os resultados na totalidade, sem a publicação das atas das zonas eleitorais – relatórios que reúnem informações de cada centro eleitoral.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.