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María Corina lança manifesto para Venezuela pós-Maduro e fala em ‘fim da era chavista’

Ganhadora do Nobel da Paz de 2025 reaparece em vídeo gravado na clandestinidade e defende transição política e responsabilização por crimes do regime

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 nov 2025, 16h22

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, divulgou nesta terça-feira, 18, o “Manifesto da Liberdade”, documento no qual afirma que a Venezuela está “no limiar de uma nova era” e reforça que o regime chavista “está chegando ao fim”. O anúncio foi feito em vídeo gravado, segundo ela, dentro do país, onde vive escondida há mais de um ano devido a um mandado de prisão emitido em seu nome.

No vídeo, Corina recuperou suas principais propostas de governo e voltou a defender uma ruptura política após as eleições de julho de 2024 — votação marcada pela permanência de Nicolás Maduro no poder, apesar de denúncias e evidências de fraude. Entre as diretrizes, ela destacou a defesa do livre mercado, a redução do tamanho do Estado, a retomada econômica baseada no setor energético e a criação de condições para o retorno dos milhões de venezuelanos que deixaram o país na última década.

A opositora afirmou que “nenhum governante ou força tirânica pode ditar o que é nosso por direito”, em referência à liberdade democrática. O manifesto atualizou as propostas apresentadas durante a campanha presidencial, protagonizada por Edmundo González Urrutia, já que ela foi impedida de concorrer pelo regime.

Machado também dedicou parte da mensagem às Forças Armadas e a setores do chavismo, pedindo apoio a uma transição pacífica. A fala ocorre em meio ao aumento da pressão internacional sobre o governo Maduro, especialmente após o envio de uma frota militar dos Estados Unidos ao Caribe, sob o argumento de reforçar o combate ao narcotráfico. Washington acusa o presidente venezuelano de liderar o Cartel dos Sóis, classificado por autoridades americanas como organização criminosa e terrorista, e colocou sua cabeça a prêmio por US$ 50 milhões.

No manifesto, Machado cobrou responsabilização por crimes atribuídos ao regime. Ela afirmou que há “mais de 18 mil presos políticos” no país, além de uma extensa lista de assassinatos, torturas e desaparecimentos sem respostas. “A Venezuela só se recuperará quando aqueles que cometeram crimes contra a humanidade forem julgados pela lei e pela história”, disse a opositora.

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A líder encerrou o vídeo com uma projeção do futuro pós-chavismo, com eleições que expressem “a vontade do povo, e não o poder de poucos”, reaproximação diplomática com países como os Estados Unidos e a reinserção de Caracas no cenário internacional. Segundo ela, a Venezuela pode voltar a ser um “pilar de segurança democrática e energética no Hemisfério Ocidental”.

Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, Machado foi reconhecida por sua defesa pacífica da democracia e dos direitos humanos em meio à crise política venezuelana. Ela é a 20ª mulher a receber a honraria, já entregue a mais de 90 homens desde sua criação. A opositora vive na clandestinidade desde que contestou amplamente o resultado das eleições presidenciais de 2024, marcadas pela falta de transparência e que, sem provas, garantiram a reeleição de Maduro — um resultado que não é reconhecido pela maior parte da comunidade internacional.

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