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Maria Butina, espiã russa presa nos EUA, é condenada a 18 meses de prisão

Russa se infiltrou em Washington para influenciar política americana; espiã montou rede influente de contatos

Por Da Redação
Atualizado em 26 abr 2019, 19h31 - Publicado em 26 abr 2019, 19h23
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  • Maria Butina, presa nos Estados Unidos em julho do ano passado acusada de ser agente da Rússia sem o devido registro, foi condenada nesta sexta-feira, 26, por um tribunal federal a 18 meses de prisão.

    No dia 13 de dezembro, Butina, de 30 anos, confessou sua culpa pelo crime de conspiração contra os Estados Unidos e aceitou cooperar com a Justiça.

    Segundo a promotoria, a suposta espiã russa montou uma rede de influentes contatos para beneficiar o Kremlin em uma operação que começou em março de 2015 e que terminou em julho de 2018, quando foi detida. Seu objetivo era influenciar a política americana a favor da Rússia, segundo as investigações.

    Como parte do acordo fechado com a promotoria, Butina forneceu informação sobre seu ex-companheiro, o assessor do partido Republicano Paul Erickson, que, por enquanto, não foi acusado formalmente neste caso, segundo a emissora CNN.

    Apesar disso, em fevereiro deste ano, a promotoria do estado de Dakota do Sul apresentou acusações contra Erickson por fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

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    Butina reconheceu, além disso, ter estabelecido uma relação com um americano, usando a ferramenta de tradução do Google, com o objetivo de apresentar-lhe uma “proposta de projeto” em relação às eleições de 2016.

    Os Estados Unidos aceitam que cidadãos americanos e estrangeiros trabalhem a favor de outro país, sempre que forem devidamente registrados para fazê-lo, algo que Butina nunca fez.

    A cidadã russa iniciou sua missão em território russo, mas em agosto de 2016 se mudou para Washington com um visto de estudante, supostamente solicitado como parte do plano da Rússia.

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    Antes e depois de entrar em território americano, Butina, que supostamente trabalhava para um funcionário de alto escalão russo, criou uma rede de contatos influentes na política dos Estados Unidos que lhe levaram até o mais poderoso “lobby” de armas, a Associação Nacional do Rifle (NRA, em inglês), onde se apresentou como uma ativista russa em defesa do direito do porte de armas.

    “Humildemente, peço perdão. Não sou essa pessoa ruim que os jornais mostram”, disse ela à corte em Washington.

    Butina recebeu a pena máxima solicitada pela Promotoria, apesar de ter admitido seu crime e aceitado cooperar com as investigações.

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    A jovem de 30 anos ficará mais nove meses sob custódia, já que cumpriu metade de sua pena.

    (Com EFE e AFP)

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