Manifestante de topless invade comício de Le Pen em Paris
A ativista gritava "Marine feminista fictícia" quando interrompeu o discurso da candidata à presidência da França sobre política externa
Uma militante do movimento feminista Femen, com os seios à mostra, interrompeu nesta quinta-feira um comício da líder ultradireitista francesa Marine Le Pen em Paris, favorita para vencer o primeiro turno das eleições presidenciais na França, em 23 de abril.
“Marine feminista fictícia”, gritou a militante em uma luxuosa sala da capital francesa onde Le Pen falava sobre suas propostas em política internacional para jornalistas e uma representação diplomática de cinquenta países.
A jovem, que tinha esse mesmo slogan pintado no corpo, foi rapidamente rendida pelos guarda-costas, que a levaram para uma sala ao lado. Vários jornalistas tentaram acompanhar a manifestante, mas os serviços de segurança do partido impediram a passagem e obrigaram a imprensa a voltar à sala da conferência.
O movimento Femen denuncia as posições “fictícias” de Le Pen a favor do feminismo e suas ativistas já se manifestaram em discursos da líder do partido Frente Nacional (FN). Em maio de 2015, as ativistas interromperam a fala da ultradireitista com saudações nazistas (Heil Le Pen) pintados nos corpos nus.
Política internacional
Le Pen apresentou as grandes linhas de seu programa em matéria de política externa, que passam por defender a independência da França, se aproximar da Rússia e do novo governo dos Estados Unidos e reformar profundamente a construção europeia.
A líder ultradireitista criticou a atual política externa da França e acusou o governo de ter entregue aos rebeldes sírios armas que podem ter chegado aos terroristas do Estado Islâmico.
“Quantos atentados na França poderiam ter sido evitados se fossem mantidas as relações com os serviços secretos sírios?”, questionou Le Pen.
Além disso, ela se comprometeu a “acabar com os tratados europeus atuais” que, segundo Le Pen, só beneficiam a Alemanha, e trabalhar “com o resto das nações livres” para “construir uma Europa nova”.
(Com EFE)