Mais de um quinto dos reféns israelenses detidos em Gaza estão mortos, de acordo com uma avaliação interna conduzida por militares israelenses, revisada pelo jornal americano The New York Times.
Segundo os oficiais da inteligência israelense, ao menos 32 dos 136 reféns capturados pelo grupo militante palestino Hamas e seus aliados em 7 de outubro morreram desde o início dos confrontos. As famílias desses 32 reféns, cujas mortes foram confirmadas, foram informadas, segundo quatro militares que falaram anonimamente ao NYT.
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A divulgação das mortes se dá em meio à viagem do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ao Oriente Médio, na qual passará por Israel, Arábia Saudita, Egito e Catar, para tentar negociar uma nova trégua na guerra. Em meio a críticas ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a Casa Branca tem expressado crescentes preocupações com a proteção da vida de civis na Faixa de Gaza, alvo de constantes bombardeios.
O último e único cessar-fogo, realizado entre novembro e dezembro do ano passado, durou uma semana e possibilitou a libertação de 105 reféns do Hamas, além de 240 palestinos que estavam presos em Israel. Com a eclosão do confronto, Tel Aviv colocou mais de 2.800 palestinos em detenção administrativa, mas sem prestar acusações formais.
Apenas nas últimas 24 horas, 128 pessoas foram mortas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelos militantes. Ao todo, foram registradas mais de 27.000 mortes na região desde o início da guerra, em 7 de outubro. Cerca de 1.200 israelenses foram mortos durante o ataque daquele sábado, que fez eclodir o conflito.