Maioria nos EUA está envergonhada de gestão da pandemia pelo governo
Pesquisa divulgada pela CNN leva em conta o posicionamento político dos entrevistados; 51% dizem estar muito bravos com a Casa Branca
Segundo uma pesquisa de opinião feita pela consultoria SSRS e divulgada pela emissora americana CNN nesta quarta-feira, 19, quase sete em cada dez americanos se dizem envergonhados com a resposta do governo do presidente Donald Trump à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O descontentamento com a situação no país também subiu. Dos que se dizem zangados com a maneira que o governo está lidando com a pandemia no país, cerca de oito em cada dez entrevistados – 51% – dizem estarem muito bravos. Esse é o maior índice registrado pela CNN, que desde 2008 realiza essa pergunta em pesquisas periódicas. O recorde anterior era de 35%, alcançada tanto em 2008 quanto em 2016, durante o governo de Barack Obama.
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Clique e AssinePara 55% dos entrevistados, o pior da pandemia, que já vitimou mais de 170.000 americanos, ainda está por vir. Com a interiorização do vírus, saindo das grandes capitais para as pequenas cidades, 67% das pessoas disseram que conheciam alguém que fora infectado pela doença.
Os 76% dos que se definiram como democratas e 58% como independentes são os que mais são pessimistas quanto ao cenário da pandemia. Já os republicanos são os mais otimistas: apenas 26% ainda acreditam que o pior está por vir. A volta à normalidade também é discrepante, uma vez que 82% dos republicanos e 18% de democratas dizem estar confortáveis em voltar às antigas rotinas.
Trump apenas se sobressai na avaliação sobre sua gestão da economia do país, que vive uma das piores recessões da história. Seu trabalho é avaliada positivamente por 51% dos entrevistados. No entanto, dos 49% que desaprovam, 43% acreditam que a economia está piorando, um aumento de 8% em relação ao que foi registrado em junho.
A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 15 de agosto e entrevistou 1108 pessoas – das quais 987 são registradas para votar – por telefone e pessoalmente. Os resultados possuem margem de erro de 3,7% para mais ou para menos e as perguntas levaram em conta o posicionamento político dos entrevistados.