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Maior ataque russo à Ucrânia em semanas debilita sua rede energética

Com 55 mísseis e 21 drones, Moscou danificou quase uma dúzia de centrais elétricas ucranianas, três delas gravemente

Por Da Redação
Atualizado em 22 Maio 2024, 10h54 - Publicado em 8 Maio 2024, 09h18

Um ataque da Rússia com mísseis e drones nesta quarta-feira, 8, atingiu quase uma dúzia de alvos ligados a infraestruturas essenciais da Ucrânia, em especial à rede energética do país. Autoridades de Kiev afirmaram que três usinas termelétricas da era soviética foram gravemente danificadas.

A Força Aérea ucraniana disse ter abatido 39 dos 55 mísseis e 20 dos 21 drones de ataque usados ​​na investida. Os projéteis que não puderam ser interceptados aumentaram a pressão sobre o já abalado sistema energético do país, mais de dois anos desde que a Rússia invadiu o território ucraniano.

“Outro ataque massivo à nossa indústria energética!”, disse o ministro da Energia, German Galushchenko, em publicação no aplicativo de mensagens Telegram.

Ele afirmou que a salva de mísseis e drones visava as instalações de geração e transmissão de energia nas regiões de Poltava, Kirovohrad, Zaporizhzhia, Lviv, Ivano-Frankivsk e Vinnytsia. Galushchenko, porém, não mencionou os nomes das instalações que foram atingidas, parte de uma política de sigilo que Kiev mantém durante a guerra para evitar que a Rússia use as informações para novos ataques aéreos.

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Outros danos

Segundo o ministro do Interior, Ihor Klymenko, duas pessoas ficaram feridas na região de Kiev, que abriga a capital do país, de mesmo nome, e uma na região de Kirovohrad.

Cerca de 350 equipes de resgate foram acionadas para minimizar os danos causados ​​a diversas centrais elétricas, além de 30 casas, veículos de transporte público, carros e um quartel de bombeiros, disse Klymenko.

O governador de Lviv, Maksym Kozytskyi, disse que a Rússia também atacou uma instalação de armazenamento de gás natural em sua região, no oeste do país, de acordo com a Radio Free Europe.

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No escuro

Este foi o mais recente de uma onda de ataques a infraestruturas energéticas vitais, que começou em março.

As investidas já forçaram autoridades ucranianas impor apagões planejados e persistentes em diversas regiões do país. Seu impacto total, porém, provavelmente só começará a ser sentido no segundo semestre, quando o consumo de energia atingir o pico no auge do verão e no inverno do hemisfério norte.

Longa distância

Com a exceção do sudeste de Zaporizhzhia, todas as regiões atingidas estão localizadas longe das linhas da frente, concentradas no leste da Ucrânia. Por lá, ocorrem intensos combates – em que a Rússia está ganhando terreno.

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Moscou não se pronunciou sobre a mais recente chuva de mísseis. A Rússia nega visar civis e infraestruturas civis com seus ataques, mas vê o sistema energético ucraniano como um alvo militar legítimo.

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