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Maduro chama María Corina Machado, rival que venceu Nobel da Paz, de ‘bruxa demoníaca’

Líder chavista também disse que Machado era uma 'Sanoya', como é chamado o espírito vingativo de uma mulher que aparece aos homens infiéis no folclore local

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 out 2025, 13h24 - Publicado em 13 out 2025, 11h17

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou de “bruxa demoníaca” a líder da oposição, María Corina Machado, vencedora do Nobel da Paz, durante um evento neste domingo, 13, que marcou os 533 anos da chegada dos colonizadores espanhóis às Américas. Sem comentar a nova láurea da oponente, ele também disse que Machado era uma “Sanoya”, como é chamado o espírito vingativo de uma mulher que aparece aos homens infiéis no folclore venezuelano.

A honraria é concedida a pessoas ou organizações que tenham “realizado o maior ou o melhor trabalho em prol da fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução de exércitos permanentes e pela realização e promoção de congressos de paz”, como indicou o fundador do troféu, Alfred Nobel, no seu testamento em novembro de 1825.

Ao longo da carreira política, Machado denunciou sistematicamente as violações de direitos humanos, a corrupção e a deterioração das instituições democráticas na Venezuela. Ela fundou o partido Vente Venezuela em 2013, sigla de orientação liberal-econômica que se tornou sua principal plataforma política. Seu estilo confrontacional, a rejeição absoluta ao modelo socialista e sua recusa em negociar com o governo a diferenciaram de outros líderes da oposição mais moderados.

Diante da impossibilidade de concorrer às eleições no ano passado, ela usou sua capacidade de mobilizar milhões de venezuelanos, incluindo a diáspora, para apoiar a candidatura de Edmundo González Urrutia, mantendo seu papel de líder moral e estrategista da campanha da oposição. O regime declarou a vitória de Maduro, apesar de evidências contrárias e das amplas acusações de fraude.

Hoje, Machado é uma figura profundamente polarizadora na Venezuela. Para seus seguidores, ela representa a resistência incorruptível à ditadura, uma líder corajosa disposta a sacrificar tudo pela democracia. Seus opositores, por outro lado, apontam-na como representante da elite econômica desconectada das necessidades do povo e a acusam de promover posições políticas extremas.

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+ De engenheira a Nobel da Paz: quem é María Corina Machado

Críticas aos EUA

O líder chavista não fez outras críticas à rival, mas renovou a promessa de que “os imperialistas nunca conseguirão nos derrotar”. A declaração faz referência ao cerco do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao narcotráfico no Caribe. Nos últimos meses, o republicano destacou forças americanas para a costa da Venezuela. A Casa Branca acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferece uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à sua captura.

Ele não só violou as leis de narcóticos americanas e tomou o poder de forma não democrática na Venezuela, mas também tem ligações com grupos criminosos, como o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa, e comanda o Cartel de los Soles “há mais de uma década”, segundo o governo americano. Como parte do pressão, a administração Trump apreendeu US$ 700 milhões em ativos ligados a Maduro.

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O presidente venezuelano também anunciou que lançará a “Milícia Indígena Bolivariana no país”, formada por indígenas e apelou pela formação de “brigadas de milícias internacionalistas dos povos das Américas para virem defender a Venezuela, se necessário”. Maduro afirmou que “a paz vencerá”, acrescentando: “eles (os EUA) persistem em uma supremacia que já foi derrotada, nós permanecemos firmes em nossa resistência milenar”.

 

 

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