Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Macri: ‘Bolsonaro quer avançar em acordo Mercosul-UE’

Emmanuel Macron já advertiu que só aprovará o acerto caso o Brasil se mantenha no Acordo de Paris sobre a Mudança do Clima

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h01 - Publicado em 3 dez 2018, 16h58

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou a Mauricio Macri que quer avançar nas negociações comerciais entre o Mercosul e a União Europeia (UE). O líder argentino informou nesta segunda-feira, 3, que a conversa entre ambos aconteceu antes da reunião de cúpula do G20.

“Falei antes de começar o G20 com o meu novo colega Jair Bolsonaro, e ele me confirmou que quer avançar neste acordo, mas precisa ver como está e tomar a sua posição”, declarou o presidente da Argentina em entrevista coletiva, em Buenos Aires, convocada para analisar os resultados da reunião dos líderes das vinte maiores economias do mundo.

A União Europeia e o Mercosul negociam um acordo baseado em três pilares diálogo político, cooperação e livre-comércio há duas décadas. Nos últimos dois anos, o processo ganhou fôlego. A assinatura do acordo, porém, depende da superação de divergências em questões sensíveis para o livre-comércio entre os dois blocos.

Desde sua eleição, porém, dúvidas sobre a conclusão do processo surgiram depois de declarações de Bolsonaro e de seus futuros colaboradores sobre o Mercosul e o Acordo de Paris sobre Mudança Climática. O presidente francês Emmanuel Macron expressou suas ressalvas no último sábado, 1º.

O francês advertiu, em Buenos Aires, que não aprovará o acordo de livre-comércio entre os dois blocos se o Brasil se retirar do Acordo de Paris. Em campanha, Bolsonaro declarou que assim agiria e, depois de eleito, fez o governo brasileiro recuar em sua decisão de sediar a 25ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP-25.

Continua após a publicidade

O futuro presidente brasileiro tampouco se posicionou de maneira clara, até o momento, em relação ao Mercosul.  No início de outubro, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou à imprensa que a Argentina e o Mercosul “não são prioridades” para a futura gestão do Brasil e criticou a “ideologização” do bloco sul-americano. Segundo ele, o país deve comercializar com todo o mundo.

Desde então, Bolsonaro e seu gabinete de transição não deram uma resposta definitiva sobre os planos para as relações comerciais e políticas com o bloco sul-americano. Macri antecipou hoje que deve conversar com Bolsonaro nos próximos meses e debater o tema. Ele anunciou também que, no próximo dia 10, acontecerá uma nova rodada técnica de negociação entre a União Europeia e o Mercosul, quando se espera algum “avanço”.

“Claramente, é um acordo muito demorado. Há mais de vinte anos que esta negociação existe”, afirmou.

O presidente argentino disse que todos os líderes concordaram que esse acordo é uma grande oportunidade para os envolvidos. Afirmou também que já conversou sobre o tema com Angela Merkel (Alemanha), o próprio Macron, Pedro Sánchez (Espanha) e Giuseppe Conte (Itália).

“Infelizmente, todas essas demoras fizeram com que haja uma nova autoridade, embora ainda não tenha assumido, no Brasil”, refletiu Macri sobre a transferência do Poder Executivo de Michel Temer para Jair Bolsonaro.

Continua após a publicidade

Em uma das dezessete reuniões bilaterais que aconteceram no último fim de semana, de forma paralela à cúpula do G20, Macri encontrou-se com a primeira-ministra britânica, Theresa May, para tratar do Brexit, entre outros temas.

“Sabemos que o Reino Unido está se separando da Comunidade Europeia, e isso também abre oportunidade de gerar convênios de troca específicos com o Mercosul, e eles também estão abertos”, disse.

Relações diplomáticas

Logo após sua eleição, Bolsonaro anunciou que a primeira viagem como presidente eleito seria para o Chile. A decisão contrariava a tradição brasileira, já que os últimos presidentes eleitos escolheram a Argentina, país com o qual o Brasil está ligado pelo Mercosul e com o qual mantém intensa integração produtiva e comercial.

A viagem teve de ser cancelada por motivos de saúde. Mas o desconforto diplomático, somado às declarações pouco amigáveis de Paulo Guedes sobre o bloco sul-americano e a Argentina, continua entre os dois países.

(Com EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.