Relâmpago: Revista em casa por 8,98/semana

Lula: Brasil será neutro na guerra da Ucrânia para poder negociar paz

Ao lado do presidente da Finlândia, petista justificou que proposta para fim da guerra deve ser combinada com Moscou e Kiev

Por Da Redação
Atualizado em 1 jun 2023, 17h01 - Publicado em 1 jun 2023, 15h38

Em coletiva ao lado do presidente de Finlândia, Sauli Niinistö, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil se manterá neutro sobre a guerra da Ucrânia para poder ajudar a negociar um acordo de paz. As informações são da agência de notícias Reuters.

Segundo o petista, o Brasil criticou a violação territorial da Ucrânia pela Rússia “desde que começou essa guerra”, mas o governo pretende “formular a oportunidade de colocar uma proposta de paz na mesa”. Ele reiterou que o plano teria que ser combinado com ambos os países envolvidos no conflito.

“Não acontecerá nada enquanto Ucrânia e Rússia não tomarem a decisão de que querem a paz. Portanto, o Brasil faz parte de um grupo de países que querem se manter neutros para construir a possibilidade do fim da guerra”, completou.

Niinistö destacou que ele e Lula concordam que a invasão da Ucrânia foi ilegal e afirmou que qualquer tentativa de se alcançar a paz é válida.

“Mas acredito que nesse momento isso não está à vista”, ressaltou o líder finlandês.

Continua após a publicidade

Lula concedeu, no entanto, que a visão do Brasil, que está a 14 mil quilômetros da região, tem que ser diferente da Finlândia, que divide com a Rússia uma fronteira de 1.300 quilômetros.

Embora o Brasil tenha votado para condenar a invasão russa nas Nações Unidas em março, Lula sempre foi ambivalente sobre o conflito, ao mesmo tempo em que tenta colocar o país como um possível mediador ao conflito. Recentemente, ele sugeriu que a Ucrânia deveria considerar abrir mão da Crimeia para concretizar um acordo de paz e, em uma coletiva de imprensa no sábado 15, disse que os Estados Unidos e a Europa prolongam e encorajam a guerra na Ucrânia.

No Brasil, a abordagem da guerra na Ucrânia é vista como parte de uma longa tradição de neutralidade da política externa. Em um mundo altamente polarizado e muito diferente do que era nos dois primeiros mandatos de Lula, contudo, ser imparcial tem um preço cada vez mais alto.

Continua após a publicidade

Relação com a Finlândia

Esta é a primeira visita de chefe de Estado finlandês ao Brasil desde 2016, quando o próprio Niinistö veio ao país para a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Em reunião bilateral, os dois líderes discutiram o adensamento das relações bilaterais em áreas como ciência, tecnologia e inovação, incluindo temas cibernéticos, defesa, meio ambiente, e promoção comercial e de investimentos.

Lula e Niinistö assinaram o Acordo sobre Serviços Aéreos entre o Brasil e a Finlândia, que estabelece marco jurídico moderno para promover maior conectividade entre os dois países por meio do transporte de passageiros e de carga.

Além de Brasília, o presidente finlandês manterá agendas em São Paulo na sexta-feira, 2, com foco na cooperação econômica.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.