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Líderes religiosos, ativistas e políticos lamentam a morte de Tutu

O papa Francisco e o Dalai Lama mandaram mensagens de pesar destacando a entrega do arcebispo, além de sua contribuição na luta pela igualdade racial

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 dez 2021, 12h01 - Publicado em 26 dez 2021, 11h53

Vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1984, o arcebispo Desmond Tutu morreu neste domingo, 26, aos 90 anos, após lutar, por cerca de 24 anos, contra um câncer na próstata. Figura proeminente na luta contra o apartheid, sistema de segregação racial na África do Sul, Tutu foi celebrado enquanto viveu por seu papel, por sua postura não-violenta, por nunca se calar, por seu humor e por sua resiliência. As reações à sua morte foram imediatas e lembraram todas essas características.

A notícia foi confirmada por Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul: “O falecimento do arcebispo emérito Desmond Tutu é outro capítulo de luto na despedida de nossa nação a uma geração de destacados sul-africanos que nos legou uma África do Sul libertada. Desmond Tutu era um patriota sem igual; um líder de princípios e pragmatismo que deu sentido à compreensão bíblica de que a fé sem obras está morta”.

O papa Francisco lamentou a morte do arcebispo anglicano e disse ter ficado triste com a notícia. Em telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, ao núncio na África do Sul, Peter Bryan Wells, o pontífice ofereceu as condolências à sua família e aos seus entes queridos: “Consciente do seu serviço ao Evangelho por meio da promoção da igualdade racial e da reconciliação na África do Sul, o Papa confia a sua alma à amável misericórdia do Deus Onipotente”.

O Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, disse que ele e Tutu valorizavam a amizade e o vínculo espiritual: “O arcebispo Desmond Tutu foi inteiramente dedicado a servir seus irmãos e irmãs pelo bem comum. Ele foi um verdadeiro humanitário e um defensor comprometido dos direitos humanos.”

O Conselho Mundial de Igrejas também se manifestou: “Desmond Mpilo Tutu foi um personagem único. Seu senso de humor e risos contagiantes ajudaram a resolver muitas situações críticas na vida política e eclesiástica da África do Sul. Ele foi capaz de quebrar quase todos os impasses. Ele compartilhou conosco o riso e a graça de Deus muitas vezes”.

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A Fundação Nelson Mandela classificou a perda arcebispo emérito como incomensurável: “Ele era maior do que a própria vida, e para tantas pessoas na África do Sul e ao redor do mundo sua vida tem sido uma bênção. Suas contribuições para a luta contra a injustiça, local e globalmente, são equiparadas apenas à profundidade de seu pensamento sobre a construção de futuros libertadores para as sociedades humanas”.

A doutora Bernice King, filha mais nova de Martin Luther King Jr, disse: “Estou triste ao saber da morte do sábio global, líder dos direitos humanos e poderoso peregrino na Terra. Um grande e influente ancião é agora um ancestral eterno e testemunha. E nós estamos melhores porque ele esteve aqui”.

O Congresso Nacional Africano, partido governista da África do Sul, disse em mensagem: “De fato, o grande baobá caiu. A África do Sul e o movimento democrático de massa perderam uma torre de consciência moral e um epítome de sabedoria”.

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O ex-presidente americano Barack Obama disse, em um tuíte, que Tutu foi um mentor, um amigo e uma bússola moral: “De espírito universal, o arcebispo Tutu estava enraizado na luta pela libertação e pela justiça em seu próprio país, mas também preocupado com a injustiça em todos os lugares”.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse estar profundamente triste com a notícia da passagem de Tutu: “Ele foi uma figura crítica na luta contra o apartheid e na luta para criar uma nova África do Sul – e será lembrado por sua liderança espiritual e bom humor irreprimível”.

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