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Líder supremo do Irã descarta qualquer negociação com os EUA

Aiatolá Ali Khamenei, contudo, rejeitou a possibilidade de uma guerra com os Estados Unidos e culpou má gestão do governo iraniano por crise econômica

Por Da Redação
Atualizado em 13 ago 2018, 13h34 - Publicado em 13 ago 2018, 12h52
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  • O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta segunda-feira, 13, que proíbe qualquer negociação com os Estados Unidos. A autoridade ressaltou, porém, que Teerã não tem qualquer intenção de entrar em uma guerra com o país.

    As declarações de Khamenei foram divulgadas pela televisão estatal. “Junto com as sanções, os americanos deram recentemente mais duas opções: guerra e conversas”, comentou. “Uma guerra não acontecerá e nós não entraremos em conversas.”

    Segundo Khamenei, as negociações com os Estados Unidos “iriam definitivamente nos prejudicar, portanto estão proibidas”. “A saída do acordo nuclear é uma prova clara de que não se pode confiar nos Estados Unidos”, disse Khamenei

    O governo do presidente americano Donald Trump impôs recentemente sanções contra o Irã, após Washington abandonar o acordo internacional para controlar o programa nuclear iraniano. As sanções visam o comércio de Teerã em ouro e outros metais preciosos, suas compras de dólares e sua indústria automobilística.

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    Entretanto, Khamenei rejeitou a possibilidade de uma guerra com os Estados Unidos. “Eles (os americanos) estão exagerando a possibilidade de uma guerra com o Irã. Não haverá nenhuma guerra. Nós nunca começamos uma guerra e eles não vão confrontar o Irã militarmente”, disse.

    Os comentários do aiatolá acontecem em meio à forte queda na moeda iraniana, que provocou protestos violentos no país. Khamenei criticou o governo do presidente Hassan Rohani, um clérigo pragmático que liderou a assinatura do acordo em 2015 com o objetivo de encerrar o isolamento político e econômico do Irã.

    “Mais do que as sanções, a má gestão econômica (do governo) está colocando pressão sobre iranianos comuns… Eu não chamo de traição, mas de um grande erro de administração”, disse Khamenei, segundo a TV estatal.

    “Com melhor gestão e planejamento, nós podemos resistir às sanções e superá-las”, acrescentou, em uma aparente tentativa de desviar a insatisfação da população.

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    Míssil balístico

    Também nesta segunda-feira, 13, o Irã anunciou que lançou uma linha de produção de um míssil de curto alcance que consegue evitar radares e poderia atingir alvos em qualquer condição climática.

    Durante a cerimônia de lançamento, o ministro de Defesa, general Amir Hatami, afirmou que o míssil é “ágil, furtivo e tático” e pode detectar e atacar seus alvos em terra e mar.

    “A produção em massa do novo míssil ajudará o Irã a dar grandes passos para aumentar suas capacidades de defesa e seu poder dissuasório”, ressaltou o general. Neste sentido, advertiu que as Forças Armadas iranianas “nunca deixarão seus planos para promover a indústria de mísseis e melhorar as capacidades nacionais”.

    (Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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