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Líder oposicionista María Corina vota na Venezuela e prevê: ‘Liberdade é iminente’

Mesmo declarada inelegível pelo regime, sua popularidade é principal motivo da ampla vantagem de sua coalizão sobre Nicolás Maduro nas pesquisas

Por Amanda Péchy
28 jul 2024, 16h13

María Corina Machado foi recebida neste domingo, 28, por uma multidão de apoiadores e jornalistas ao chegar em um centro eleitoral em Caracas. Após depositar seu voto na urna, a líder oposicionista da Venezuela fez um discurso em que comemorou a ampla participação da população no pleito, já que o voto é facultativo, e afirmou que “nossa liberdade é iminente” diante da possível derrota do atual líder do país, Nicolás Maduro, que busca um terceiro mandato.

Cerca de 21 milhões de eleitores irão às urnas neste domingo para decidir se continuam ou acabam com 25 anos de ditadura chavista. O ex-embaixador Edmundo González Urrutia, representante da principal coalizão de oposição, é o grande favorito. O diplomata de 74 anos foi alçado a presidenciável depois que o regime declarou a inelegibilidade de Corina, vencedora das primárias da oposição, por supostas irregularidades administrativas, nunca comprovadas.

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Mobilização da população

A líder oposicionista chegou ao centro de votação toda de branco. Sua entrada foi levemente acidentada, devido ao mar de gente que esperava sua figura quase messiânica, associada à Virgem Maria tanto pelo nome como pelos milagres que promete aos venezuelanos. Sua equipe de comunicação não teve permissão para acompanhá-la até a urna.

“Saudações a todos os venezuelanos que estão aqui e a todos aqueles que estão atualmente fora da Venezuela, ansiosos por regressar. O que estamos vendo é o ato cívico mais importante da história contemporânea da Venezuela. Os venezuelanos saíram em massa, organizados, como uma família”, disse ela ao deixar o centro de votação.

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A líder da oposição descreveu a mobilização dos eleitores como “incrível”. Segundo dados da sua equipe de campanha, o nível de participação às 13h era de 42,1% (cerca de 9 milhões de eleitores). Pesquisa divulgada pelo Instituto Delphos, na terça-feira 23, indicou que a participação deve bater nos 80%.

“Em todos os estados as pessoas começaram a sair ontem à noite, isso nunca tinha sido visto na história da Venezuela. Os centros estão cheios de gente. Passei esta manhã por todos os centros do país o que estamos vendo é uma participação tremenda e sinto muito orgulho de ser venezuelana”, acrescentou. “Do jeito que as coisas estão, acho que vamos ter resultados irreversíveis muito em breve”, garantiu.

“Vamos ser livres”

Ao final de seu pronunciamento, ela pediu que a população ajude a garantir a lisura do processo eleitoral, exercendo auditoria cidadã e permanecendo nos centros de votação até o final da contagem dos votos.

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“Precisamos que todos permaneçam presentes em seus centros de votação. As testemunhas de mesa têm direito às suas atas. Nenhuma testemunha sai do centro sem ter o registro em mãos”, afirmou. Quando questionada se confia na autoridade eleitoral da Venezuela, ela respondeu apenas que confia “no povo”.

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“Hoje a Venezuela está unida. É uma certeza, vamos ser livres, vamos trazer os nossos filhos para casa, vamos unir o país”, concluiu, referindo-se à diáspora de 7,7 milhões de venezuelanos, ou um quarto da população, que deixou o país devido à crise econômica e a repressão do governo.

Minutos antes de chegar ao centro de votação, Corina escreveu na rede social X, antigo Twitter: “Vem comigo votar e vamos mostrar ao mundo que a nossa liberdade é iminente”. A pesquisa do Delphos indica que a coalizão de onze partidos que desafia o regime está 35 pontos à frente de Maduro, com 60% das intenções de votos – muito disso graças à popularidade da líder oposicionista.

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