Las Vegas: relembre os tiroteios mais mortais dos EUA
Com 59 mortos e centenas de feridos, massacre em Las Vegas entra para história como o maior ataque a tiros do país
O ataque a tiros em Las Vegas entra para história americana como o maior já realizado com armas de fogo no país. Números preliminares indicam que 59 pessoas foram mortas e 527 ficaram feridas pelos disparos de Stephen Paddock, de 64, a partir da janela do 32º andar do hotel Mandala Bay, em frente ao local onde ocorria um festival de música.
Em 12 de junho de 2016, 50 pessoas foram mortas e 53 ficaram feriadas após ataque a tiros na boate gay Pulse em Orlando, na Flórida. O atirador, Omar Saddiqui Mateen, de 29 anos, invadiu o local com um rifle e um revólver e disparou contra os frequentadores. O ataque, até então, mantinha o recorde de maior massacre causado por armas de fogo em um único episódio no país, que tem um longo registro de casos similares nas últimas décadas.
32 mortos – Blacksburg, Virginia (16 de abril de 2007)
O estudante Seung-Hui Cho, de 23 anos, abrigou fogo na Universidade de Virginia Tech e matou 27 colegas e cinco funcionários em duas áreas do campus. O atirador cometeu suicídio.
27 mortos – Newtown, Connecticut (14 de dezembro de 2012)
Adam Lanza, de 20 anos, invadiu a escola Sandy Hook com um fuzil AR-15 e atirou contra alunos e funcionários. Vinte crianças, entre seis e sete anos, e seis adultos foram mortos. O atirador cometeu suicídio e, antes do ataque, matou a mãe.
23 mortos – Kileen, Texas (16 de outubro de 1991)
George Hennard, de 35 anos, invadiu uma cafeteria local com uma camionete, desceu do veículo e disparou contra dezenas de pessoas – 23 vítimas fatais. O atirador cometeu suicídio.
21 mortos – San Ysidro, Califórnia (18 de julho de 1984)
Armado com uma submetralhadora, uma escopeta e uma pistola, James Huberty, de 41 anos, matou a tiros 21 pessoas, entre adultos e crianças, numa filial local do McDonald’s. Um atirador de elite da polícia local atingiu o responsável pelo massacre, que morreu no local.
18 mortos – Austin, Texas (1 de agosto de 1966)
Charles Joseph Whitman, ex-soldado das Forças Especiais americanas, disparou a partir da torre da Universidade do Texas contra alunos e funcionários. O ataque resultou em 16 mortos e 30 feridos, e o atirador foi morto no local em troca de tiros com a polícia. Antes de invadir armado o campus, Whitman matou a mãe e a esposa em casa.
14 mortos – San Bernardino, Califórnia (2 de dezembro de 2015)
O casal Syed Farook e Tashfeen Malik abriu fogo contra participantes de um evento do Departamento de Saúde Pública da cidade, deixando 14 mortes e 22 feridos. A dupla morreu em tiroteio com a polícia. Horas antes do ataque, Malik, cidadão americano com descendência paquistanesa, jurou lealdade ao Estado Islâmico em um post no Facebook.
14 mortos – Edmond, Oklahoma (20 de agosto de 1986)
Quatorze carteiros foram mortos em menos de 10 minutos no massacre promovido por um funcionário, Patrick Henry Sherrill. O atirador, armado com três pistolas, cometeu suicídio.
13 mortos – Fort Hood, Texas (20 de abril de 1999)
O major Nidal Malik Hasan foi condenado e sentenciado à morte após atirar discriminadamente contra colegas militares. Treze pessoas morreram e 30 ficaram feridas.
13 mortos – Littleton, Colorado (20 de abril de 1999)
Um dos casos de maior repercussão dos Estados Unidos, os jovens Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17, mataram a tiros 12 colegas e um professor na escola Columbine. O ataque, que virou tema de documentários, terminou com o suicídio da dupla de estudantes.
Tiroteios em 2017
O crime em Las Vegas acontece apenas semanas após um tiroteio em Plano, Texas, quando, em 11 de setembro, Spencer Hight matou oito pessoas a tiros que se reuniam na casa de sua esposa, Meredith Hight, com quem mantinha uma relação turbulenta. O agressor foi morto pela polícia. O caso é um dos 273 relatados pelo Gun Violence Archive, que compila dados sobre crimes cometidos com armas de fogo nos Estados Unidos. Segundo o projeto, 11.621 mortes e 23.433 feridos relacionados a tiroteios foram registrados apenas em 2017.