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Kirchner chama promotoria que a investiga de ‘pelotão de fuzilamento’

Vice-presidente da Argentina alega sofrer de perseguição política em caso que pode levar a 12 anos de prisão por corrupção e desvio de dinheiro público

Por Da Redação
Atualizado em 29 nov 2022, 15h54 - Publicado em 29 nov 2022, 15h48

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse nesta terça-feira, 29, que o grupo de juízes federais que a investiga por corrupção e desvio de verba pública é um “pelotão de fuzilamento”, voltando a sugerir que ela é vítima de perseguição política.

“Nunca um termo judicial foi tão apropriado para definir o que é este tribunal: é um pelotão de fuzilamento”, afirmou ao tribunal.

Kirchner pode pegar 12 anos de prisão e ser proibida de ocupar cargos públicos pelo resto da vida se for considerada culpada de liderar um esquema que desviou US$ 1 bilhão em fundos estatais por meio de contratos de obras públicas. Suas palavras foram dirigidas aos três juízes federais que emitirão a sentença em 6 de dezembro.

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A vice-presidente foi acusada de “associação ilícita” e “administração fraudulenta agravada” em conexão com um caso de corrupção envolvendo outros 12 réus e conhecido na Argentina como “Caso Vialidad”. Os 51 contratos investigados foram adjudicados na província de Santa Cruz, berço político do Kirchnerismo, a empresas de um amigo dos Kirchner, Lázaro Baez, durante um período de 12 anos (Baez já foi condenado a 12 anos de prisão para lavagem de dinheiro).

Os promotores disseram que muitos contratos foram inflacionados e alguns nunca foram cumpridos. Os réus incluem funcionários acusados ​​de receber propinas e empresários suspeitos de pagá-las, mas Kirchner afirma ser vítima de perseguição política.

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“Um governo eleito democraticamente três vezes não é uma ‘associação ilícita’”, disse, em alusão ao governo de seu falecido marido Néstor Kirchner (2003-2007) e aos seus dois mandatos na Presidência da República, entre 2007 e 2015.

Em sua primeira audiência, em 2 de dezembro de 2019, ela alegou ser vítima de um processo em que a sentença já havia sido decidida. O objetivo final do julgamento, segundo a vice-presidente, é afastá-la da política e corroer o peronismo, movimento que ela representa.

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“A sentença está escrita, mas nunca pensei que estaria tão mal escrita”, disse Kirchner, acusando os dois principais promotores do caso, Diego Luciani e Sergio Mola, de espalharem mentiras sobre ela. Para reforçar a ideia do pelotão de fuzilamento, ela relembrou a tentativa de assassinato contra ela no início de setembro.

Kirchner sustentou durante todo o julgamento que a investigação contra ela é uma armação da oposição para prendê-la. Seus advogados publicaram um documento intitulado “As Vinte Mentiras do Caso Vialidad” nas suas redes sociais.

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