Mais de 240 milhões de americanos podem votar na eleição presidencial dos Estados Unidos, nesta terça-feira, 5. No entanto, o número total de votos que o republicano Donald Trump ou a democrata Kamala Harris receberão não define o futuro presidente. Isso acontece porque, no país, ele não é escolhido de maneira direta, mas eleito por delegados que representam os estados no Colégio Eleitoral.
Nos Estados Unidos, os eleitores escolhem o Colégio Eleitoral, um órgão que conta com 538 delegados distribuídos entre todos os Estados e Washington, segundo a população e o número de parlamentares de cada estado (incluindo a Câmara dos Deputados e o Senado). Na prática, isso significa que cada estado tem um peso específico na eleição, como a Califórnia, que possui 55 delegados, enquanto um menor, como Washington, tem apenas três.
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No Colégio Eleitoral, um candidato precisa de uma maioria simples (pelo menos 270 dos 538 delegados) para vencer a eleição. Alguns estados costumam ser “fiéis” ao Partido Democrata e ao Republicano, enquanto os chamados swing states (“estados-pêndulo”) podem ir para um lado ou para o outro, tornando-os cruciais para decidir a eleição.
Esta eleição tem sete estados-pêndulo, totalizando 93 delegados: Pensilvânia (19), Geórgia (16), Carolina do Norte (16), Michigan (15), Arizona (11), Wisconsin (10) e Nevada (6). Certas combinações desses votos podem favorecer Kamala, enquanto outras podem levar à vitória de Trump.
Caminho para a vitória de Harris
Tudo indica que a candidata democrata vai conquistar pelo menos 226 votos do Colégio Eleitoral de 19 estados e do Distrito de Columbia, com grandes contribuições da Califórnia (54), Nova York (28) e Illinois (19).
Para atingir o número mágico de 270, Harris precisará de pelo menos 44 dos 93 votos dos estados-pêndulo.
O caminho mais fácil para ela seria vencer na Pensilvânia (19), Geórgia (16) e Carolina do Norte (16), garantindo 51 votos. No entanto, no momento, ela está atrás de Trump em todos os três, de acordo com a média de pesquisas do agregador FiveThirtyEight — Pensilvânia por uma margem quase insignificante, e Geórgia e Carolina do Norte por margens ligeiramente maiores.
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Matematicamente, os democratas têm 10 maneiras possíveis pelas quais Harris poderia chegar a 270 votos do Colégio Eleitoral vencendo apenas três dos sete swing states, e outras 10 maneiras vencendo em quatro estados. Conquistar cinco ou mais estados em disputa garantiria a Presidência para qualquer candidato.
Aqui estão algumas combinações de vitória para Harris.
Caminhos de vitória para Trump
Os republicanos, por sua vez, devem conquistar pelo menos 219 votos do Colégio Eleitoral de 24 estados em todo o país, com grandes contribuições do Texas (40), Flórida (30) e Ohio (17).
Para atingir os 270, Trump precisará de pelo menos 51 dos 93 votos dos swing states.
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Assim como os democratas, o caminho mais fácil para ele é vencer na Pensilvânia (19), Geórgia (16) e Carolina do Norte (16), abocanhando 51 votos e levando a chapa republicana à marca exata de 270. O ex-presidente atualmente tem vantagem em todos os três estados, de acordo com as pesquisas de intenção de voto. Se os republicanos não conquistarem nenhum desses três estados, eles precisam de pelo menos quatro dos sete swing states para garantir a Presidência.
Aqui estão algumas das possíveis combinações para a vitória de Trump: