O Supremo Tribunal do Peru rejeitou um novo recurso e decidiu homologar a prisão preventiva do ex-presidente peruano Pedro Castillo. A defesa argumentara que não haveria risco de fuga do ex-presidente e que Castillo não havia liderado ou integrado qualquer rede criminosa, mas o juiz César San Martín Castro rejeitou o pedido dos advogados e ratificou a prisão preventiva de 36 meses do ex-professor rural.
Castillo foi detido no último mês de dezembro depois de tentar dissolver inconstitucionalmente o Parlamento peruano. A tentativa de golpe foi mal sucedida e o ex-presidente foi destituído pelos parlamentares. Ele é investigado por supostos crimes de rebelião, formação de quadrilha, abuso de autoridade e grave perturbação da ordem pública por violação da ordem constitucional.
A tese da promotoria pública é a de que o ex-mandatário comandava da Presidência uma grande e complexa rede criminosa de lavagem de ativos e concessão ilegal de contratos de obras públicas. Pelos supostos caso de corrupção, dois ex-ministros do Peru também cumprem prisão preventiva. “A Sala Penal Permanente da Suprema Corte, presidida por César San Martín Castro, ratifica 36 meses de prisão preventiva ditados contra o ex-presidente Pedro Castillo Terrones, investigado pelo suposto crime de organização criminosa e outros”, assinalou o Judiciário peruano no Twitter. Castillo deve permanecer detido até dezembro de 2025, enquanto aguarda o julgamento.