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Justiça conclui que promotor que acusou Kirchner foi assassinado

Alberto Nisman denunciou a então presidente da Argentina por acobertar responsáveis por atentado terrorista e foi morto quatro dias depois

Por Da Redação
Atualizado em 1 jun 2018, 18h36 - Publicado em 1 jun 2018, 17h44

A Câmara Federal da Argentina confirmou nesta sexta-feira (1) que a morte do promotor Alberto Nisman, em janeiro de 2015, quatro dias depois de acusar a então presidente, Cristina Kirchner, de acobertar supostos terroristas, se tratou de um homicídio e não um suicídio.

O mais alto tribunal do país abaixo da Suprema Corte confirma assim o ponto de vista do juiz federal encarregado da causa, Julián Ercolini, que, com base nas provas compiladas pela Promotoria, já tinha apontado em novembro do ano passado a hipótese de homicídio.

Na resolução divulgada nesta sexta, a Câmara Federal pede a abertura de uma nova investigação sobre o caso, desta vez para descobrir os responsáveis pelo assassinato de Nisman.

Para tentar determinar se foi um suicídio ou um homicídio, já no ano passado, a Promotoria encarregou uma junta de peritos de realizar uma reconstituição do momento da morte do promotor, na qual se estabeleceu que duas pessoas espancaram, drogaram com cetamina e assassinaram Nisman em sua casa.

O promotor era o responsável por investigar o atentado contra a associação mutual judaica AMIA, de Buenos Aires, em 1994, que deixou 85 mortos.

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Quatro dias antes de aparecer com um tiro na cabeça no seu apartamento de Buenos Aires, o promotor denunciou Cristina Kirchner, seu chanceler e outros colaboradores ao assegurar que a assinatura de um acordo entre a Argentina e o Irã em 2013 escondia um pacto para acobertar os suspeitos do ataque, entre eles ex-ocupantes de altos cargos desse país, para favorecer a troca comercial bilateral. A ex-presidente argentina sempre negou as acusações.

A Câmara Criminal e Correcional Federal confirmou nesta sexta-feira, ao resolver diversos recursos interpostos pelos acusados na causa e por Sara Garfunkel, mãe de Nisman, o indiciamento dos quatro agentes da Polícia Federal encarregados da segurança do promotor, acusados de não protegê-lo “da forma devida”.

Além disso, continuará indiciado pelo homicídio o técnico informático Diego Lagomarsino, colaborador de Nisman, que foi quem disse ter lhe emprestado a arma que o matou.

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“Daqui para frente existe uma árdua tarefa instrutória com a finalidade de avançar na completa determinação das responsabilidades e a individualização de todos seus partícipes”, acrescentou a Câmara.

Por enquanto, nenhum dos acusados está detido, embora Lagomarsino – que reitera que o próprio promotor lhe pediu a arma para proteger suas filhas – esteja proibido de sair do país desde 2015 e seja monitorado por uma tornozeleira eletrônica.

(Com EFE)

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