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Julgamento por fraude contra Trump entra na fase de argumentos finais

Ex-presidente dos EUA é acusado de fraude de registros comerciais por suborno secreto a atriz pornô; Deliberação pode começar já na quarta-feira, 29

Por Da Redação
28 Maio 2024, 11h55

O Tribunal Criminal de Manhattan deu a largada, nesta terça-feira, 28, aos argumentos finais do julgamento contra o ex-presidente americano Donald Trump, acusado de criar um esquema ilegal para encobrir um affair com uma atriz pornô durante a corrida presidencial de 2016. O republicano se declarou inocente e disse que o processo é fruto de uma perseguição política da Justiça para prejudicar a sua atual campanha para voltar à presidência dos Estados Unidos.

“O presidente Trump é inocente. Ele não cometeu nenhum crime e o promotor distrital não cumpriu o ônus da prova. Ponto final”, disse o seu advogado, Todd Blanche.

Segundo a defesa, a promotoria não apresentou provas robustas de que o ex-líder americano tenha cometido crimes, como a falsificação de registros comerciais para supostamente encobrir um pagamento feito à ex-atriz pornô Stormy Daniels, com quem Trump teria tido um encontro sexual em 2006, um ano após ter se casado com Melania. Ao todo, Daniels teria recebido US$ 130 mil (cerca R$ 669 mil na cotação atual) para não levar o affair à tona às vésperas da eleição de 2016, da qual o republicano saiu vitorioso.

+ Trump é recebido com vaias na tentativa de conquistar a “terceira via”

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Entenda as acusações

Trump é alvo de 34 acusações, cada uma das quais é passível a quatro anos de prisão. Ou seja, na teoria, ele poderá ficar atrás das grades por até 136 anos. Na sessão desta terça-feira, Blanche reiterou o argumento de que o dinheiro transferido a Michael Cohen – ex-advogado de Trump e suposto “aviãozinho” responsável por repassar o montante a Daniels – representava apenas despesas legais. Ao longo do julgamento, porém, Cohen foi chamado ao banco de testemunhas pela promotoria e atestou que o dinheiro foi, sim, usado para comprar o silêncio de Daniels.

O procurador nova-iorquino Matthew Colangelo enfatizou que o pagamento fazia parte de uma “conspiração planejada e coordenada de longo prazo para influenciar as eleições de 2016, para ajudar Donald Trump a ser eleito, através de despesas ilegais, para silenciar pessoas que tinham algo de ruim a dizer sobre seu comportamento”. Isso resultou, segundo ele, em “registros corporativos e formulários bancários adulterados”.

“Foi uma fraude eleitoral. Pura e simples”, concluiu Colangelo ao júri.

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+ Defesa de Trump encerra caso sobre suborno e decisão fica nas mãos do júri

O que acontece agora?

Assim que os argumentos forem concluídos, o juiz Juan Merchan, responsável pelo caso, instruirá o júri sobre as leis e o processo de deliberação, que pode ser iniciado já na manhã desta quarta-feira, 29. Então, 12 nova-iorquinos comuns deverão entrar em acordo sobre o veredito, avaliando se Trump é ou não culpado das acusações. “Você e somente você é o juiz dos fatos neste caso”, disse Merchan aos jurados.

Para chegar à conclusão, 20 testemunhas foram chamadas a depor pela acusação. A defesa, por sua vez, convocou duas. Embora Trump tenha dito que gostaria de provar sua inocência, não havia expectativa de que ele subisse ao banco das testemunhas. Não é comum que réus se coloquem à disposição do exame da acusação.

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