Juiz determina que EUA forneçam lista de crianças imigrantes separadas
Magistrado se recusou a estender prazo para reunificação de famílias, conforme havia sido solicitado pelo governo Trump
O governo dos Estados Unidos deverá fornecer uma lista até a noite de sábado (7) das estimadas 100 crianças menores de cinco antes que foram separadas de seus pais ao entrarem no país ilegalmente, determinou um juiz federal nesta sexta-feira (6).
O juiz Dana Sabraw também determinou que o governo deve esclarecer até sábado se tem expectativa de reunir cada uma dessas crianças com seus pais até o fim de terça-feira.
No mês passado, Sabraw emitiu a ordem de reunificação, que também estabelecia um prazo máximo de 26 de julho para que mais de 2.000 crianças sejam reunidas.
Mais cedo nesta sexta, o governo do presidente Donald Trump pediu à Justiça dos Estados Unidos a extensão da data limite para reunir algumas das famílias, mas Sabraw não quis estendê-los.
“O que eu estou contemplando é que o governo providencie uma lista para os advogados dos requerentes até às 21h de amanhã (no horário de Brasília) com as identidades das crianças”, disse Sabraw.
Ele também pediu ao governo que forneça à American Civil Liberties Union (ACLU), que moveu a ação pública contra a administração Trump pela separação de famílias imigrantes, expectativas para cumprir o prazo para cada uma das crianças na lista.
O juiz marcou uma conferência para segunda-feira (9) e disse que espera que o governo e a ACLU possam alcançar um acordo sobre qualquer necessidade de estender o prazo de reunificação.
Na quinta-feira (6), o governo americano informou que o Departamento de Saúde estava fazendo exames de DNA para determinar o parentesco de forma rápida e precisa” para proceder à reunificação familiar.
Agências do governo estão enviando equipes de campo para raspar com cotonetes as bochechas de crianças e adultos sob custódia do governo e estão usando laboratórios externos para testes de DNA. Se a paternidade não puder ser confirmada, disse o governo, as agências podem não cumprir o prazo estabelecido pelo tribunal para reunir mais de 2.000 crianças com seus pais.
(Com Reuters)