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Já são 75 os mortos e 192 desaparecidos após erupção do Vulcão de Fogo

Vulcão está em fase de "repouso ativo"

Por Da Redação
6 jun 2018, 11h14

O número de mortes causadas pela violenta erupção de domingo (03) do Vulcão de Fogo na Guatemala subiu para 75, disseram na terça-feira (5) as autoridades, que divulgaram pela primeira vez o número de desaparecidos: pelo menos 192 pessoas. Explosões ainda afetam as áreas já devastadas.

“Já temos nomes e localidades onde há pessoas desaparecidas e um número: 192”, disse em entrevista coletiva o secretário da Coordenadoria para a Redução de Desastres (Conred), Sergio Cabañas. As autoridades têm o registro de 75 mortos e de milhares de pessoas desabrigadas.

Sete comunidades foram evacuadas na terça-feira pelo aumento da atividade vulcânica, após o qual se suspenderam as operações de resgate, disse a jornalistas o porta-voz da Coordenadoria para a Redução de Desastres (Conred), David de León.

De León explicou que, segundo análises de especialistas, novamente poderiam ser registrados fluxos piroclásticos – que é o resultado devastador de fortes erupções – formados de lava, água, varas e pedras que descendem do cume do colosso, de 3.763 metros de altura e situado 35 km ao sudoeste da capital.

O aumento da atividade vulcânica provocou pânico na cidade de Escuintla, perto do vulcão, onde moradores entraram em seus automóveis para fugir, provocando um caos no tráfego de veículos.

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Um fotógrafo da agência AFP no local disse que se escutou um forte estrondo e depois uma grande coluna de cinzas se elevou pelos céus, o que obrigou as autoridades a evacuarem todas as pessoas que se encontravam nessa zona.

Foram retirados os socorristas, policiais e militares que realizavam tarefas de resgate de vítimas.

A busca se estenderá por vários dias, embora as autoridades tenham admitido que será quase impossível encontrar sobreviventes devido à natureza da erupção, que arrasou vários povoados próximos com uma avalanche de lava e cinzas no domingo passado.

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Uma mulher de 42 anos que tinha perdido as pernas e um braço após a erupção morreu no Hospital Geral San Juan de Dios, na capital. Outros quatro menores de idade queimados serão transferidos a um hospital especializado nos Estados Unidos.

O Inacif indicou que, até o momento, apenas 17 pessoas falecidas puderam ser identificadas por meio “das impressões digitais e por características físicas”.

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Além disso, a tragédia deixa 46 feridos, 3.271 evacuados e 1.877 abrigados nos departamentos de Escuintla e Sacatepéquez. Junto com o de Chimaltenango, estes são os mais afetados pela erupção vulcânica, segundo números da Conred.

Repouso ativo

O diretor do estatal Instituto de Vulcanologia, Eddy Sánchez, disse à AFP que, após a forte erupção de domingo, o vulcão liberou “muita energia” e entrou em uma fase de “repouso ativo”. Isso significa que, embora possa gerar explosões fortes, não chegariam “a ser catastróficas” nos próximos meses.

O Papa Francisco ofereceu na terça-feira “orações por todos os que sofrem as consequências desse desastre natural”.

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O vulcão de Fogo havia gerado sua primeira erupção de 2018 em janeiro passado. Além disso, provocou em setembro de 2012 a última emergência por erupção no país, causando a evacuação de cerca de 10.000 habitantes assentados em povoados ao sul do vulcão.

Na Guatemala, também estão ativos os vulcões Santiaguito e Pacaya, este último a 20 km ao sul da capital.

(Com EFE e AFP)

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