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Itamaraty formaliza saída do Brasil da Unasul

Bloco, idealizado por Hugo Chávez, passa a ter apenas 5 membros; o fórum Prosul é apoiado por brasileiros como substituto

Por Da Redação Atualizado em 16 abr 2019, 03h20 - Publicado em 16 abr 2019, 02h30

O ministério das Relações Exteriores formalizou, nesta segunda-feira 15, a decisão do Brasil de deixar a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) pouco depois de ser informado que a Bolívia havia passado para o país a presidência temporária do bloco.

“O governo brasileiro denunciou, no dia de hoje, o Tratado Constitutivo da Unasul, formalizando sua saída da organização”, informou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

Segundo o Itamaraty, a decisão foi informada ao governo do Equador, que é depositário do acordo de criação da Unasul, e terá efeitos daqui a seis meses, contados a partir de hoje.

No comunicado, o governo brasileiro lembrou que, junto com Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru, decidiu suspender a participação na Unasul devido à crise no órgão, uma situação que, para o Itamaraty, não se alterou desde então.

A Unasul está sem secretário-geral desde 2017, quando Ernesto Samper deixou o cargo. Os países que formavam o bloco também não estavam se reunindo por conta das divergências internas.

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O comunicado também cita que o Brasil assinou um documento no qual mostrou a intenção de constituir o Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul), em substituição da Unasul. Fazem parte da iniciativa Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru.

“O novo fórum terá estrutura leve e flexível, com regras de funcionamento claras e mecanismo ágil de tomada de decisões. Terá, ainda, a plena vigência da democracia e o respeito aos direitos humanos como requisitos essenciais para os seus membros”, disse a nota divulgada hoje pelo Itamaraty.

O anúncio ocorreu poucos dias depois de Argentina e Paraguai terem informado que deixariam a Unasul.

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A Bolívia transferiu a presidência temporária do bloco ao Brasil depois de não conseguir reunir os chanceleres dos países-membros.

O ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Diego Pary, disse em entrevista coletiva que enviou a documentação oficial da transferência da presidência temporária da Unasul ao Brasil após o país ter exercido o cargo por um ano, desde abril de 2018.

Os primeiros países que formalizaram a saída do bloco foram Colômbia e Peru. O Equador seguiu os passos dos vizinhos pouco depois e pediu para retomar a gestão do imóvel construído para servir como sede da Unasul em Quito, capital do país.

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Os únicos membros que seguem ativos na Unasul são Uruguai, Guiana, Bolívia, Suriname e Venezuela.

A Unasul nasceu em 2008 como um projeto do então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sendo apoiado por outras lideranças regionais, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

(Com EFE)

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