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Israel recrutou africanos que aguardam asilo para lutar contra Hamas, diz jornal

Segundo reportagem do Haaretz, processo conta com a "orientação de consultores jurídicos do establishment da Defesa", sem "considerações éticas"

Por Da Redação
16 set 2024, 17h11

As Forças de Defesa de Israel (FDI) têm recrutado africanos requerentes de asilo para lutar na guerra contra o grupo palestino radical Hamas, iniciada há 11 meses, em troca da obtenção de residência permanente no país. A informação foi divulgada no domingo 15 pelo jornal israelense Haaretz. Segundo a reportagem, o processo conta com a “orientação de consultores jurídicos do establishment da Defesa”, sem “considerações éticas”.

Não há registros de que, com a participação no Exército israelense, qualquer um dos 30 mil solicitantes de asilo do continente africano tenham, de fato, obtido o status de residente desde a eclosão do conflito, disse o jornal. A maioria deles é composta por cidadãos sudaneses, geralmente homens jovens, que permanecem em Israel com visto temporário concedido por tribunais enquanto o Estado processa os pedidos.

A partir dos ataques de 7 de outubro, muitos se disponibilizaram a participar de trabalhos agrícolas e de centros de comando civil. Com a alta participação, os militares israelenses teriam se atentado para a possibilidade de usá-los nos campos de batalha contra o Hamas, usando a aquisição da residência como uma forma de incentivo. Os selecionados passaram, então, por duas semanas de treinamento em combate.

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Críticos silenciados

O Haaretz citou fontes militares, sob condição de anonimato, que revelaram que os requerentes já participaram de “várias operações”, incluindo algumas relatadas pela imprensa, apesar de críticas internas de que a ação explorava “pessoas que fugiram de seus países devido à guerra”. Os militares contrários à iniciativa foram silenciados, de acordo com o jornal.

“Este é um assunto muito problemático. O envolvimento de juristas não absolve ninguém da obrigação de considerar os valores pelos quais buscamos viver em Israel”, disse uma das fontes ao Haaretz.

O texto também indicou que o Ministério do Interior cogitou recrutar filhos de pessoas que aguardavam pelo asilo e que foram educados em escolas israelenses. Em troca, todos os familiares imediatos receberiam o benefício. Por sua vez, o Ministério alegou que as operações são conduzidas dentro da legalidade.

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