Israel nega acordo para cessar-fogo em Gaza e reabertura de fronteira
Gabinete de Netanyahu contrariou fontes de segurança egípcias e afirmou que 'não há trégua e ajuda humanitária em troca da retirada de estrangeiros'
Pouco tempo depois de fontes de segurança egípcias dizerem à agência de notícias Reuters que Egito, Israel e EUA teriam concordado com um cessar-fogo no sul da Faixa de Gaza nesta segunda-feira, 16, para a reabertura da fronteira em Rafah, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou.
“Atualmente, não há trégua e ajuda humanitária em Gaza em troca da retirada de estrangeiros”, afirmou um comunicado do gabinete de Netanyahu.
De acordo com a Reuters, o acordo teria início às 9h no horário local (3h, de Brasília) desta segunda, e a fronteira ficaria aberta até as 17h no horário local (11h, de Brasília).
O acordo permitiria a saída de estrangeiros de Gaza, como é o caso do grupo de cerca de 30 brasileiros que aguarda a abertura da fronteira desde sábado 14, além da chegada de ajuda humanitária à região atacada por forças israelenses.
Apesar da negativa de Israel, o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, disse em entrevista à GloboNews no domingo que espera que o governo egípcio reabra a fronteira nesta segunda. Já o secretário de Estado americano, Antony Blinken, chegou a dizer que a passagem em Rafah seria reaberta, sem especificar quando. Além de brasileiros, existem cidadãos de outras nacionalidades aguardando na cidade.
Até o momento, a guerra entre Israel e Hamas que eclodiu no sábado retrasado, 7, matou cerca de 4.150 pessoas, sendo 2.750 na Faixa de Gaza e 1.400 em território israelense.