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Israel e Gaza celebram acordo para a paz com lágrimas, dança e gritos de alegria; veja vídeos

Um plano de paz inicialmente improvável apresentado por Donald Trump foi aprovado em 'fase inicial' por Israel e Hamas

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 out 2025, 10h19 - Publicado em 9 out 2025, 09h53

Depois de dois anos de guerra, palestinos e israelenses saíram às ruas na quinta-feira 8 para celebrar após o anúncio de que Israel e Hamas haviam chegado a um acordo de cessar-fogo, a primeira fase de um roteiro para encerrar o conflito em Gaza. Os termos incluem a retirada das Forças Armadas israelenses do enclave, a interrupção dos combates e a libertação dos reféns — os vivos, segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que avançou a proposta, serão soltos na próxima segunda-feira.

Em Gaza, onde quase todos os 2 milhões de habitantes foram deslocados por bombardeios israelenses, as ruas devastadas foram tomadas por aplausos, mesmo com a continuação dos ataques aéreos em algumas partes do enclave.

“Graças a Deus pelo cessar-fogo, o fim do derramamento de sangue e da matança”, disse Abdul Majeed Abd Rabbo em Khan Younis, no sul de Gaza. “Não sou o único feliz, toda a Faixa de Gaza está feliz, todo o povo árabe, todo o mundo está feliz com o cessar-fogo e o fim do derramamento de sangue. Obrigado e todo o amor àqueles que estiveram conosco”, acrescentou ele em entrevista à agência de notícias Reuters.

Palestinian children celebrate at a camp for displaced people in Nuseirat in the central Gaza Strip on October 9, 2025, following news of a new Gaza ceasefire deal. Israel and Hamas on October 9 agreed a Gaza ceasefire deal to free the remaining living hostages, in a major step towards ending a war that has killed tens of thousands of people and unleashed a humanitarian catastrophe. (Photo by Eyad BABA / AFP)
Crianças palestinas celebram novo acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas em um campo para deslocados em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. 09/10/2025 – (Eyad Baba/AFP)

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Na região costeira de Al-Mawasi, pessoas se reuniam para gritar em uníssono “Allahu Akbar“, que significa “Deus é o maior”, e disparar tiros comemorativos para o ar.

“É um grande dia, uma grande alegria”, exclamou Ahmed Sheheiber, um palestino deslocado que mora em um abrigo na Cidade de Gaza, chorando ao telefone ao saber do acordo.

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O que inicialmente parecia um improvável plano de paz de 21 pontos apresentado pelo presidente Trump foi aprovado “em fase inicial” na quinta-feira por Israel e pelo Hamas, após três dias de negociações indiretas no Egito. A notícia era ansiada também pelas famílias dos reféns israelenses que os terroristas sequestraram no ataque de 7 de outubro de 2023, e que há dois anos pressionavam o governo para reaver seus parentes.

No local batizado de Praça dos Reféns, em Tel Aviv, que viu muitos protestos nas últimas semanas, Einav Zaugauker, mãe de Matan, há 731 dias em cativeiro, estava em êxtase.

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“Não consigo respirar, não consigo explicar o que estou sentindo… É uma loucura”, disse ela ao jornal israelense Haaretz, enquanto sinalizadores comemorativos pintavam o céu da cidade de vermelho. “Matan vai voltar para casa. Estas são as lágrimas pelas quais eu rezei”, acrescentou.

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Nas ruas de Tel Aviv, famílias em prantos se abraçaram, aplaudiram e estouraram champanhe ao saberem da notícia. Alguns dos presentes na Praça dos Reféns disseram que Trump deveria ser reconhecido por seu papel na mediação do acordo, pedindo que o Nobel da Paz fosse concedido a ele.

 

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Emily Damari, uma britânica-israelense que foi mantida em cativeiro pelo Hamas por mais de um ano antes de ser libertada em janeiro, postou um vídeo em seu Instagram comemorando a notícia com amigos, incluindo a também ex-refém Romi Gonen. O grupo pôde ser visto se abraçando e dançando em uma sala enquanto brindavam “L’chaim”, que significa “à vida”.

“Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo”, disse Omer Shem-tov, que também ficou em posse do Hamas por meses, à Reuters.

Como parte do acordo, o grupo palestino afirmou que libertaria os 20 reféns ainda vivos nas primeiras 72 horas após o aceite dos termos. Trump disse que isso vai ocorrer na segunda-feira. Em troca, Israel deve soltar entre 1.700 e 2.000 prisioneiros palestinos.

Descrevendo o acordo como um “grande dia para Israel”, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, declarou: “Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa.”

O Hamas levou 251 pessoas como reféns para Gaza em 2023. Restam 48, incluindo vivos e mortos.

“Toda a nação está esperando e animada”, disse o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, em uma publicação no X (ex-Twitter). “Estendo um grande abraço às famílias dos reféns pelo esperado retorno de seus entes queridos, incluindo soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) e soldados mortos.”

Netanyahu, afirmou que seu gabinete de ministros se reunirá às 18h locais (12h em Brasília) desta quinta-feira, 9, para assinar oficialmente o acordo de paz. O Hamas pediu a Trump e aos Estados garantidores do tratado para fiscalizarem a implementação integral dos termos.

Desencadeada pelo brutal ataque de 7 de outubro de 2023 a Israel, que matou cerca de 1.200 pessoas, muitas delas civis, a campanha militar de retaliação contra Gaza foi devastadora, matando mais de 67 mil pessoas, incluindo muitas crianças, enquanto os bloqueios à entrada de suprimentos no território resultaram em quadros gerais de inanição e fome aguda. A guerra arrasou o território palestino e desencadeou uma enorme crise humanitária.

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