O governo de Israel já avisou aos Estados Unidos que planeja uma operação terrestre limitada no Líbano, que deve começar em breve, segundo informações divulgadas pelo jornal The Washington Post nesta segunda-feira (30).
O jornal afirma que a informação foi confirmada por uma fonte do alto escalão israelense.
Ainda de acordo com a fonte, a campanha militar planejada por Israel contra a facção xiita libanesa Hezbollah seria menor do que a última guerra contra o grupo, em 2006. E se concentraria em destruir a infraestrutura ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel.
Também nesta segunda-feira, as forças israelenses realizaram ataques terrestres no Líbano.
O cenário encontrado em solo libanês será de alta complexidade, advertiu Miri Eisin, uma ex-oficial sênior de inteligência do exército israelense, ao jornal americano.
Miri afirma que grande parte da chamada divisão Radwan, uma força de elite do Hezbollah, está estacionada ao longo da fronteira com Israel, em posições fortificadas no subsolo.
“Não é possível destruí-la com ataques aéreos”, disse.
“Para conseguir chegar àquela aos abrigos subterrâneos, que ficam entre 2 e 3 quilômetros da fronteira com Israel, será preciso realizar incursões terrestres”.
Diante do agravamento da situação, a embaixada americana em Beirute começou a atuar junto a companhias aéreas para “atender às solicitações de cidadãos americanos” de deixar o Líbano.
O governo americano já está fornecendo voos adicionais com assentos disponíveis para compra.
É uma mudança de postura com relação à sexta-feira, quando a embaixada anunciou que ainda não estava evacuando cidadãos, e que as pessoas que queriam partir “teriam que reservar e pagar suas passagens diretamente com a companhia aérea”.
No sábado, o governo americano emitiu um alerta para que seus cidadãos deixassem o país “enquanto as opções comerciais ainda estivessem disponíveis”.