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Israel critica Kamala Harris por apelos a um cessar-fogo em Gaza

Após encontro com Netanyahu, a vice-presidente dos EUA disse que 'é hora de essa guerra terminar'; líder israelense se encontra com Trump nesta sexta

Por Da Redação
26 jul 2024, 09h03

Parlamentares de extrema direita que compõem a coalizão do governo de Israel lançaram críticas, nesta sexta-feira, 26, aos apelos da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, por um acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista palestino Hamas para acabar com a guerra em Gaza. A democrata fez os comentários durante um pronunciamento à imprensa após reunir-se com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Washington.

“Não haverá fim para a guerra, Sra. candidata”, escreveu o ministro de Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, no X, antigo Twitter. Ben-Gvir é uma das figuras de direita mais importantes do Knesset, parlamento de Israel, e relevante aliado ultranacionalista de Netanyahu.

Bezalel Smotrich, ministro das Finanças do país, afirmou que Harris havia “revelado” durante sua fala que um acordo de cessar-fogo equivale a se render ao Hamas. “É proibido cair nessa armadilha!”, escreveu o ultraortodoxo.

Ben-Gvir e Smotrich se opõem a um acordo de cessar-fogo em Gaza e dizem que Israel deve continuar lutando até que o Hamas seja completamente derrotado, uma narrativa muitas vezes sustentada pelo próprio Netanyahu.

Clima tenso

Agora provável candidata à presidência pelo Partido Democrata, Harris se encontrou na quinta-feira 25 com o primeiro-ministro israelense e afirmou que disse a ele que “está na hora” de fechar o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.

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“Havia esperança nas negociações para garantir um acordo sobre essa proposta. E como acabei de dizer ao primeiro-ministro Netanyahu, é hora de fechar esse acordo”, declarou. “É hora de essa guerra terminar e terminar de maneira que Israel esteja em segurança, todos os reféns sejam libertados, o sofrimento dos palestinos em Gaza acabe e o povo palestino possa exercer seu direito à liberdade, dignidade e autodeterminação”, seguiu.

Kamala Harris também declarou que a solução de dois Estados é “o único caminho que garante que Israel continue sendo um estado judeu e democrático seguro, e que garanta que os palestinos possam finalmente realizar a liberdade, a segurança e a prosperidade que eles merecem”.

A vice-presidente reafirmou seu apoio a Israel a Netanyahu, mas expressou sua preocupação com o sofrimento de civis em Gaza. “O que aconteceu em Gaza nos últimos nove meses é devastador. As imagens de crianças mortas e pessoas desesperadas e famintas fugindo em busca de segurança, às vezes deslocadas pela segunda, terceira ou quarta vez. Não podemos desviar o olhar diante dessas tragédias. Não podemos nos permitir ficar insensíveis ao sofrimento, e não ficarei em silêncio”, disse.

A democrata pediu ao povo americano para não tratar a guerra entre Israel e Hamas como uma “questão binária” e que todos condenem “o terrorismo, a violência, o antissemitismo, a islamofobia e o ódio de qualquer tipo” e “façam o que puderem para evitar o sofrimento de civis inocentes”. “Vamos trabalhar para unir nosso país”, terminou.

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Discurso no Congresso

Em pronunciamento no Congresso americano nesta quarta-feira, Netanyahu fez elogios ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e ao ex-presidente Donald Trump. “Agradeço ao presidente Biden por seu sincero apoio a Israel após o ataque selvagem de 7 de outubro”, disse. “Biden e eu nos conhecemos há mais de 40 anos. Quero agradecer a ele por meio século de amizade com Israel.”

Netanyahu também enfatizou a importância de manter os laços entre as duas nações. Segundo ele, para que as “forças da civilização triunfem”, os EUA e Israel devem permanecer unidos. “Quando nos unimos, algo muito simples acontece: nós ganhamos, eles perdem”, afirmou. Ele deve se encontrar com Trump nesta sexta-feira, 26.

Em suas declarações mais recentes, Biden afirmou que Israel já tinha atingido sua meta, declarando seu desejo de que o conflito acabe. Mais de 30.000 palestinos e mais de 1.500 israelenses morreram na guerra.

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