O governo de Israel confirmou nesta quarta-feira, 2, que combates no Líbano já deixaram ao menos oito soldados mortos. É a primeira perda relatada desde o anúncio da invasão do país feito na última segunda-feira, 30.
Já o grupo xiita Hezbollah relatou que estava em confronto com soldados israelenses no sul do Líbano.
O grupo armado apoiado pelo Irã disse que lutou contra militares israelenses em Yaroun, Odaisseh e Maroun al-Ras, uma vila fronteiriça que foi palco de intensa batalha durante a última invasão israelense ao Líbano, em 2006.
O chefe de mídia do grupo armado apoiado pelo Irã, Mohammad Afif, afirmou que os embates são apenas “o primeiro round” e que o Hezbollah tem combatentes e armas suficientes para expulsar Israel do território libanês.
O primeiro soldado israelense morto foi identificado como o Capitão Eitan Itzhak Oster, 22, da cidade de Modi’in Maccabim Re’ut, no centro de Israel.
Os militares israelenses disseram que membros da mesma unidade do Capitão Eitan estavam envolvidos em “operações direcionadas em várias áreas do sul do Líbano” que incluíam “combates de curta distância” com militantes do Hezbollah.
Tel Aviv acrescentou ainda que a incursão terrestre tem como objetivo destruir túneis e outras infraestruturas terroristas na fronteira.
Tensão no Oriente Médio
O confronto terrestre ocorre um dia depois do Irã lançar um ataque com mais de 180 projéteis contra Israel. Segundo a Guarda Revolucionária do Irã, o ataque é uma retaliação pela morte dos líderes do Hezbollah e do Hamas em bombardeios israelenses no Líbano e em território iraniano.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou após o ataque que o Irã “cometeu um grande erro nesta noite, e pagará por isso”.
O Hezbollah anunciou na quarta-feira um ataque com foguetes contra uma “importante força de infantaria” israelense em Misgav Am, no norte de Israel.
Israel lançou os ataques aéreos mais intensos contra o Líbano desde a guerra de 2006, contra o Hezbollah, há duas semanas.
Foi o estopim de meses de trocas de disparos, desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro do ano passado, quando a milícia libanesa iniciou ataques em solidariedade ao povo palestino.