O ministro sênior israelense Benny Gantz, membro do gabinete emergencial montado para a guerra, afirmou que a situação da fronteira do país com o Líbano “precisa mudar”, indicando a possibilidade de uma escalada militar com o grupo armado Hezbollah.
A repórteres, Gantz afirmou na quarta-feira, 27, que a chance de uma solução diplomática para as disputas entre Israel e grupos armados no sul do Líbano está se afastando cada vez mais.
“A situação na fronteira norte de Israel precisa mudar”, disse Gantz em entrevista coletiva. “O cronômetro para uma solução diplomática está se esgotando, se o mundo e o governo libanês não agirem para impedir os disparos contra os residentes do norte de Israel e para distanciar o Hezbollah da fronteira, os [militares israelenses] farão isso”.
O Hezbollah, uma organização muçulmana xiita, é designado como organização terrorista por países ocidentais, por Israel, pelos países do Golfo Árabe e pela Liga Árabe. Financiada pelo Irã, é uma das forças militares não estatais mais fortemente armadas do mundo.
Guerra recente
Em 2006, uma guerra em larga escala entre o Hezbollah e Israel foi desencadeada quando o Hezbollah realizou um ataque mortal através da fronteira e tropas israelenses invadiram o sul do Líbano.
Israel e o Hezbollah, juntamente com um punhado de grupos armados menores que operam no sul do Líbano, trocam ataques bélicos desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, grupo militante palestino que controla a Faixa de Gaza que lançou um ataque ao sul de Israel que deixou mais de 1.100 mortos.
Desde então, Israel tem bombardeado Gaza numa campanha que já deixou mais de 21 mil mortos e deslocou quase todos os seus 2,3 milhões de residentes.
Dezenas de milhares de pessoas em Israel e no Líbano também foram deslocadas, e mais de 150 pessoas, a maioria delas combatentes do Hezbollah, foram mortas no lado libanês desde o início dos intercâmbios, segundo um cálculo da agência de notícias AFP. O número inclui 20 civis, incluindo três jornalistas, disse a agência.