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Irã fala em ‘vingança’ após morte de general em ataque dos EUA

O aiatolá Ali Khamenei afirmou que retaliação aguarda os 'criminosos' que mataram Qasem Soleimani

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 19h32 - Publicado em 3 jan 2020, 07h56
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  • O Irã prometeu “vingança severa” depois que um ataque aéreo dos Estados Unidos em Bagdá na sexta-feira matou Qasem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Quds e arquiteto da crescente influência militar do país no Oriente Médio.

    Soleimani era um general considerado a segunda figura mais poderosa do Irã, depois apenas do Líder Supremo, aiatolá Ali Khamenei. Em comunicado, ele afirmou que vingança aguarda os “criminosos” que mataram Soleimani. A morte vai dobrar a motivação da resistência do Irã contra os Estados Unidos e Israel, disse o aiatolá. Em comunicado divulgado pela televisão estatal, pediu três dias de luto nacional.

    O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse que agora o país estará mais determinado a resistir aos EUA e prevê vingança. “O martírio de Soleimani tornará o Irã mais decisivo para resistir ao expansionismo americano e defender nossos valores islâmicos. Sem dúvida, o Irã e outros países que buscam a liberdade na região se vingarão”, afirmou.

    O ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã Mohsen Rezaei prometeu “vingança vigorosa contra a América” pelo assassinato de Qassem Soleimani.

    O ataque noturno dos EUA, autorizado pelo presidente Donald Trump, marcou uma escalada dramática em uma disputa no Oriente Médio entre o Irã e os Estados Unidos e seus aliados, principalmente Israel e Arábia Saudita.

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    O comandante da principal milícia do Iraque, Abu Mahdi al-Muhandis, conselheiro de Soleimani, também foi morto no ataque.

    O Irã está envolvido em um prolongado conflito com os Estados Unidos, que se agravou na semana passada com um ataque à embaixada dos EUA no Iraque por milícias pró-Irã após um ataque aéreo dos EUA à milícia Kataib Hezbollah, fundada por Muhandis.

    O Pentágono disse que as Forças Armadas dos EUA “tomaram uma ação defensiva decisiva para proteger pessoal dos EUA no exterior ao matarem Qassem Soleimani”, e que o ataque foi ordenado por Trump para interromper planos de futuros ataque iranianos.

    Autoridades norte-americanas, falando sob condição de anonimato, disseram que Soleimani foi morto em um ataque de drone. A Guarda Revolucionária do Irã disse que ele foi morto em um ataque de helicópteros dos EUA.

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    Preocupações com uma possível interrupção do fornecimento de petróleo no Oriente Médio elevaram os preços da commodity em quase US$ 3.

    A embaixada dos EUA em Bagdá pediu a todos os cidadãos norte-americanos que deixassem o Iraque imediatamente.

    (com Reuters)

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