A executiva de luta livre Linda McMahon, indicada pelo presidente eleito Donald Trump para o Departamento de Educação, é alvo de um processo por não agir para impedir que adolescentes fossem vítimas de abuso sexual nas décadas de 1980 e 1990, segundo o jornal The New York Times nesta quinta-feira, 21.
Além da indicação para comandar a Educação, Linda é peça fundamental da equipe de transição de Trump
De acordo com a ação judicial, Linda permitiu a exploração sexual de menores por um funcionário da World Wrestling Entertainment (WWE), liga de luta livre, nos anos 1980. McMahon nega.
A empresária é ex-presidente WWE, que cofundou com seu marido. Nos últimos 40 anos, a empresa de luta livre cresceu e se tornou um império de mídia de capital aberto.
A executiva deixou o cargo em 2009 para concorrer ao Senado. Mas não conseguiu votos suficientes em seu estado, Connecticut, nas eleições de 2010 e 2012.
O processo divulgado pela imprensa americana acusa McMahon e seu marido, Vince, de conscientemente permitir que o funcionário Melvin Phillips Jr. usasse sua posição como locutor de ringue para explorar sexualmente menores de idade.
A ação é movida por cinco ex-“ring boys”, como eram chamados os menores que ajudavam a preparar os jogos da WWE na década nos anos 1980.
À rede de televisão CNN, sua advogada, Laura Brevetti, disse que essa ação judicial é infundada e que seu conteúdo é repleto de “mentiras, exageros e deturpações”.
Essa é a segunda grande crise a engolfar o futuro governo de Donald Trump. Nesta semana, outro escândalo sexual causou a primeira baixa no gabinete do presidente eleito.
Ex-deputado da Flórida e indicado para o Departamento de Justiça, Matt Gaetz renunciou ao cargo quando ficou claro que seu nome poderia ser vetado pelo Senado em razão de investigações por má conduta sexual no Comitê de Ética da Câmara dos Representantes.