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Índia bloqueia internet em estado mais populoso do país devido a protestos

Ao menos 23 pessoas foram mortas e mais de mil foram detidas em todo o território indiano em decorrência de confrontos entre manifestantes e autoridades

Por Da Redação
27 dez 2019, 12h46

O governo do estado de Uttar Pradesh, no norte da Índia, cortou o acesso à internet em mais de 30% do seu território nesta sexta-feira, 27. Dezenas de pessoas foram mortas e mais de mil foram detidas em mais de duas semanas de protestos contra uma emenda que discrimina muçulmanos na lei de cidadania indiana.

Uttar Pradesh, que equivale, em área, ao estado de São Paulo, é a província mais populosa da Índia, abrigando cerca de 200 milhões de pessoas (16% de todo país), quase a população inteira do Brasil. A região têm sido um dos principais palcos de manifestações contra o governo nacional do primeiro-ministro, Narendra Modi.

Segundo a agência de notícias americana Associated Press, 16 das 23 mortes em toda Índia em decorrência da atual onda de protestos ocorreram em Uttar Pradesh. O portal de notícias do Catar, Al-Jazeera afirma que os números de mortos na província e em todo território indiano são 19 e 27 respectivamente. Policiais e canhões de água foram enviados pelo governo nacional à capital de Uttar Pradesh, Lucknow, onde uma manifestação teria sido planejada para esta sexta.

As manifestações se intensificaram em Uttar Pradesh, após cinco muçulmanos terem sido mortos na região no dia 20 de dezembro. As famílias das vítimas acusam a polícia de ter cometido os crimes, mas os casos ainda não foram solucionados.

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Lei de cidadania

Segundo a emenda aprovada pelo Parlamento no início de dezembro, minorias religiosa – como hindus e cristãos – de Bangladesh, Paquistão e Afeganistão – todos de maioria muçulmana – que se estabeleceram na Índia antes de 2015 poderão pleitear cidadania por enfrentarem perseguição nestes países. Com exceção dos que sigam o islamismo. Segundo o governo, a nova lei visa ajudar os grupos minoritários que enfrentam perseguição nos três países.

Milhares de pessoas têm protestado, dizendo que a lei é antimuçulmana e a mais recente de uma série de medidas do governo hindu nacionalista de Modi e seu partido, o Partido do Povo Indiano, para marginalizar a comunidade islâmica. A Suprema Corte da Índia pretende realizar audiências sobre a emenda a partir de janeiro de 2020.

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