Com o avanço dos incêndios florestais no território canadense, uma cidade costeira de Quebec ordenou nesta sexta-feira, 2, a retirada de mais de 10 mil moradores da região. Mais de 2 milhões de hectares, área correspondente a cinco campos de futebol, foram devastados até o momento, superando em 10 vezes a média de queimadas previstas para 2023.
Ao menos 214 pontos de conflagração foram identificados apenas na manhã desta sexta-feira, e 93 deles estariam fora de controle. Como consequência, cerca de 29 mil pessoas foram retiradas de suas casas ao redor do país, segundo o ministro federal de preparação para emergências, Bill Blair.
“Alberta, os Territórios do Noroeste, Saskatchewan, Manitoba, Quebec, New Brunswick e Nova Escócia – todos eles estão sofrendo com incêndios florestais”, informou Blair ao mencionar incêndios que podem alcançar edifícios e vegetação simultaneamente.
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A notícia é desanimadora para a província de Nova Escócia, que se recupera da pior temporada de queimadas já registrada. A região foi abalada por 200 pontos de incêndios, que foram responsáveis pela devastação de 19 mil hectares e pelo deslocamento de mais de 25 mil residentes.
Como tentativa de evitar feridos, o primeiro-ministro de Quebec, François Legault, fez um apelo à população local para que zonas florestais fossem evitadas. Nesta sexta-feira, o prefeito de Sept-Iles, uma das cidades da província, declarou estágio de emergência e orientou que 10 mil pessoas abandonassem temporariamente as suas casas.
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Somando-se ao quadro de políticos preocupados, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, garantiu que continuaria oferecendo recursos federais para as províncias afetadas. Ele utilizou, ainda, as redes sociais para prestou apoio, em especial, para a área de Quebec.
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“Este é um momento assustador para muitas pessoas de costa a costa a costa”, declarou após uma reunião com o premiê polonês, Mateusz Morawiecki, em Ottawa, capital do país. “Continuaremos a estar lá para apoiar de todas as maneiras que pudermos.”
Países como Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Polônia ofereceram ajuda com o envio de bombeiros para o auxílio nas operações das forças armadas canadenses ao longo do território. Uma equipe de reforço foi levada para Nova Escócia na última quinta-feira.