Incêndio em favela na Coreia do Sul deixa centenas de pessoas sem moradia
Cerca de 500 moradores foram retirados à força e não há relatos de vítimas até o momento
Um incêndio de grandes proporções atingiu parte de uma favela na capital sul-coreana, Seul, e destruiu 60 casas nesta sexta-feira, 20. Cerca de 500 pessoas foram retiradas à força da região periférica, mas autoridades afirmaram que não há vítimas até o momento.
Os serviços de emergência levaram cinco horas para apagar o incêndio, que começou antes do amanhecer em Guryong Village, uma favela que fica do outro lado de uma rodovia do afluente distrito de Gangnam.
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Guryong é uma das últimas favelas remanescentes na capital e se tornou um símbolo de desigualdade na quarta maior economia da Ásia. Muitas das casas que foram destruídas eram feitas com papelão e madeira e cerca de mil pessoas moravam no complexo.
Dez helicópteros e centenas de bombeiros, e policiais juntaram-se aos esforços para apagar o incêndio que, segundo as autoridades, destruiu cerca de 10% das casas de Guryong.
“Eu vi um flash da cozinha e abri a porta, e as chamas estavam saindo das casas vizinhas”, disse Shin, uma mulher de 72 anos, à agência de notícias Reuters.
A favela é propensa a incêndios e inundações, e os problemas de segurança e saúde são abundantes. O governo revelou planos para redesenvolvimento e realocação após um grande incêndio no final de 2014, mas esses esforços não avançaram, em meio a um cabo de guerra de décadas entre proprietários de terras, moradores e autoridades.
Oh Se-hoon, o prefeito de Seul, visitou a vila e pediu às autoridades que se preparassem para realocar as famílias afetadas. Mas, as autoridades dos distritos de Seul, Gangnam e os desenvolvedores estatais estão em desacordo sobre como compensar os proprietários privados de terras em Guryong. Eles ainda não chegaram a um acordo sobre se os residentes, a maioria dos quais são posseiros, têm direito ao apoio do governo para realocação e moradia.
Informado sobre o incêndio enquanto estava na Suíça para o Fórum Econômico Mundial, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, ordenou todos os esforços para evitar um desastre maior, disse sua porta-voz, Kim Eun-hye.