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Iêmen: opositores controlam prédios públicos em Sanaa

Pelo menos 30 pessoas morreram na capital iemenita nos últimos três dias

Por Da Redação
25 Maio 2011, 17h31
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  • Seguidores de um poderoso chefe tribal, o xeque Sadek al-Ahmar, que se uniram à oposição iemenita, assumiram nesta quarta-feira o controle de vários prédios públicos da capital Sanaa. A ocupação dos edifícios aconteceu após violentos combates com tropas do ditador Ali Abdullah Saleh, que já duram três dias. O número de mortos varia entre 30 e 44 pessoas, conforme a agência de notícias. Devido à situação caótica, o governo ordenou o fechamento do aeroporto internacional de Sanaa.

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    Os enfrentamentos recomeçaram na manhã desta quarta-feira após uma pausa durante a noite. O bairro de Al Hassba, onde morreram 38 pessoas na terça-feira, permaneceu isolado. A situação era extremamente tensa e muitos civis tentavam se esconder para se proteger. Entre os edifícios invadidos pelos partidários do xeque está a agência oficial de notícias iemenita, Saba, afirmaram testemunhas.

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    Os rebeldes também ocuparam os escritórios da companhia aérea nacional, depois de tentarem tomar o ministério do Interior. “Se os homens do xeque al-Amar não se retirarem ainda nesta quarta-feira dos edifícios, nós vamos obrigá-los a sair”, disse um alto funcionário do governo, que pediu anonimato.

    Com a perigosa situação, muitos moradores tentam sair da capital, onde houve cortes no sistema de água e energia. Eles se dirigem principalmente para o sul do país. Afinal, no caminho para o norte há guardas republicanos avisando que as pessoas que saírem da região, não terão permissão para voltar.

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    As autoridades do Iêmen decidiram fechar o aeroporto internacional de Sanaa como medida cautelar. “O aeroporto foi fechado para voos de maneira temporária por motivos de segurança”, disse um funcionário, que preferiu não ser identificado.

    Contexto – O fracasso da terceira tentativa de negociação pacífica com o ditador foi o estopim dos conflitos que tomam conta de Sanaa. Na noite do último domingo, o presidente iemenita havia se negado a assinar um acordo elaborado pelo Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que previa sua renúncia ao poder no prazo de um mês.

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    De Londres, onde participa de uma visita de estado, o presidente americano Barack Obama pediu a saída imediata de Saleh. “Pedimos ao presidente Saleh que cumpra seu compromisso de transferir o poder”, disse.

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    Com o aumento das pressões, o ditador mudou o discurso. Ele afirmou, também nesta quarta, que não tem a intenção de permanecer no cargo e que está pronto para assinar, em qualquer momento, a iniciativa do CCG. Além disso, negou que os embates vão se tornar uma guerra civil e assegurou que os envolvidos serão perseguidos legalmente.

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    Xeque – Líder do poderoso clã tribal dos Hashed, o xeque Sadek al-Ahmar se uniu em março à oposição. Ele é um dos dez filhos do falecido xeque Abdala al-Ahmar, que foi o principal aliado do presidente Saleh. Atualmente, Sadek conseguiria mobilizar mais de 10.000 homens armados, segundo fontes tribais.

    (Com agência France-Presse)

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