Hong Kong sediará Jogos Gays de 2022
Região será a primeira na Ásia a acolher o evento esportivo e cultural

Depois de derrotar candidaturas de cidades dos Estados Unidos e do México, Hong Kong sediará os Jogos Gays de 2022, se tornando a primeira metrópole da Ásia a acolher o evento esportivo e cultural. A vitória chega no momento em que movimentos de direitos dos gays de outras partes do continente ganham força. Neste ano, o Tribunal Constitucional de Taiwan declarou que os casais de mesmo sexo têm direito a se casar legalmente, o primeiro veredicto do tipo na região.
A Federação dos Jogos Gays (FGG, na sigla em inglês) preferiu Hong Kong a Guadalajara e Washington em uma votação ocorrida em Paris na segunda-feira. Um número recorde de 17 cidades expressou interesse em sediar os Jogos Gays de 2022, treze delas nos Estados Unidos.
“O impacto que os Jogos Gays têm nas cidades-sede é incrível em termos de cultura, esporte, impacto econômicos, história e, o mais importante, em elevar todas as questões de igualdade LGBT+”, disse a FGG em um comunicado. Os jogos são promovidos como a maior congregação LGBT global de esportes e cultura — mas os participantes não têm que ser gays, disseram os organizadores.
Os defensores da candidatura de Hong Kong descreveram os jogos como uma conquista para o status da comunidade LGBT da cidade. “Este é um grande passo adiante para a própria Hong Kong conseguir conquistar estes jogos mundiais… e também é um grande passo para a inclusão da diversidade”, disse Alfred Chan, presidente do conselho da Comissão de Oportunidades Iguais de Hong Kong, uma entidade estatutária que apoio a candidatura.
Os Jogos Gays tiveram sua primeira edição em 1982, em São Francisco, nos Estados Unidos e acontecem a cada quatro anos. Canadá, Holanda, Austrália, Alemanha. A próxima edição, de 2018, será em capital francesa.
Hong Kong, ex-colônia britânica cosmopolita, voltou ao controle chinês em 1997 mediante a fórmula “um país, dois sistemas”, que promete um alto grau de autonomia e liberdades inexistentes na China continental. Embora a discriminação baseada na orientação sexual seja ilegal, o casamento gay não é reconhecido no território.