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Hong Kong é palco de protestos pelo 16º fim de semana seguido

Manifestações contra o governo, mais uma vez, terminaram em confronto entre manifestantes e policiais

Por Da Redação 21 set 2019, 08h52

Milhares de pessoas foram às ruas de Tuen Mun, em Hong Kong, neste sábado, 21. para manifestar contra o governo de país.  Os atos que foram reprimidos mais uma vez pela polícia com uso de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Foi o 16º fim de semana seguido de manifestações em Hong Kong, em ações que vêm ficando cada vez mais violentas com o passar do tempo. Ruas em chamas, inclusive, se tornaram uma imagem comum no território autônomo da China. Os protestos, que começaram em abril por causa de um projeto de lei que permitiria a extradição para a China continental, evoluíram para uma contestação direta ao domínio do Partido Comunista sobre a antiga colônia britânica

Neste sábado, o conflito entre os manifestantes e os agentes das forças de segurança explodiu às 17h locais (6h de Brasília), depois do lançamento de um coquetel molotov e objetos por participantes de um dos protestos, ocorrido na região de Tuen Mun, nos novos territórios.

A polícia respondeu de maneira quase imediata, com gás e tiros com balas de borracha, nos arredores de um terminal rodoviário, o que provocou muita correria. Após a resposta dos agentes das forças de segurança, alguns dos manifestantes, vestidos de roupa preta e mascarados, fizeram barricadas em várias ruas, as incendiaram e fugiram em seguida.

Nos últimos três meses, a maioria dos protestos segue o mesmo roteiro, de um ato que começa pacífico, tem atos de vandalismo e acaba com confrontos.

Protestos

Hoje, ativistas que se classificam como defensores da democracia, assim como grupos favoráveis ao governo local, realizaram diferentes manifestações em diversas partes da antiga colônia britânica.

Tuen Mun foi o palco de um dos maiores atos, com milhares de pessoas se reunindo na região. A justificativa do ato era protestar contra as mulheres que cantam e dançam de maneira provocativa em um grande parque da localidade, o que os moradores alegam ser trabalho sexual ilegal.

Apesar do argumento para a convocação da manifestação, foi nítido o sentimento contra o governo e contra a China. A polícia chegou a proibir a reunião de pessoas, mas a organização obteve autorização poucas horas antes do horário marcado.

Ao mesmo tempo em que gritavam contra “a dama”, que é a forma como se referem às mulheres que dançam e cantam em praça pública, os manifestantes faziam coro contra “os comunistas”, em referência ao regime da China, e um grupo queimou a bandeira do país.

A passeata veio depois de uma campanha a favor do governo, que tinha como objetivo retirar cartazes colocados nas paredes nas ruas de diferentes partes de Hong Kong, em ação conhecida como “Muro Lennon”, em referência a John Lennon, inspirada por grafites feitos em um famoso muro de Praga, na República Tcheca, nos anos 80.

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A campanha “Limpemos Hong Kong” foi impulsionada pelo deputado pró-Pequim Junius Ho, que se transformou em uma das figuras mais odiadas pelos manifestantes, que o acusam de estar envolvido em um ataque que teria participação da máfia chinesa, há dois meses, em Yuen Long.

No incidente de 21 de julho, que causou comoção em Hong Kong, dezenas de manifestantes vestidos de preto e outros manifestantes foram agredidos por um grande grupo organizado, com pessoas vestidas de branco, durante mais de 30 minutos, diante da ausência de policiais.

Na manhã deste sábado, pequenos grupos de pessoas foram vistos em diversos distritos, arrancando cartazes do “Muro Lennon”, o que chegou a gerar reclamação de moradores e até alguns confrontos. Por causa dos tumultos nas ruas de Tuen Mun, a estação de metrô da região chegou a ser fechada por aproximadamente duas horas, a partir das 15h (4h de Brasília).

(Com EFE)

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