O grupo político-militar xiita Hezbollah, do Líbano, informou nesta quarta-feira, 25, que seu chefe reuniu-se com os principais líderes das das facções terroristas palestinas Hamas e Jihad Islâmica, que travam uma guerra contra Israel na Faixa de Gaza. Segundo comunicado, as lideranças discutiram o que sua aliança deve fazer para “alcançar uma verdadeira vitória para a resistência”, referindo-se à luta de militantes muçulmanos no Oriente Médio contra o Estado judeu.
Parte de uma aliança regional de milícias apoiada pelo Irã, conhecida como “eixo da resistência”, o Hezbollah, um grupo fortemente armado, tem mantido trocas diárias de ataques com as Forças de Defesa de Israel (FDI) ao longo da fronteira israelo-libanesa desde que a guerra com o Hamas eclodiu, em 7 de outubro, quando uma incursão de terroristas deixou 1.400 mortos.
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A reunião envolveu o chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, o vice-chefe do Hamas, Saleh al-Arouri, e o chefe da Jihad Islâmica, Ziad al-Nakhala, segundo o comunicado, que se encontraram em Beirute, capital do Líbano. O texto não informou quando o conclave ocorreu.
“Foi feita uma avaliação das posições internacionais que estão sendo tomadas e do que o Eixo da Resistência deve fazer para conseguir uma vitória real para a resistência em Gaza e na Palestina e para deter a agressão brutal”, disse o Hezbollah. “Houve acordo sobre a continuação da coordenação”, acrescentou.
O “eixo de resistência”, a rede de aliados iranianos em vários países vizinhos, se desenvolveu no contexto de conflitos como os da Síria e Iêmen, e na luta contra o Estado Islâmico no Iraque.
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Marcadamente antiamericano e anti-Israel, o grupo é composto principalmente pelo Irã, Síria, o Hezbollah, milícias xiitas no Iraque, Afeganistão e Paquistão, grupos militantes nos territórios palestino e os hutis (grupo rebelde do Iêmen). Embora o denominador comum destes grupos seja o fato de serem muçulmanos xiitas, tal como a maioria da população do Irã, o eixo também inclui um grupo sunita: o Hamas.
Também nesta quarta-feira, o Hezbollah anunciou que mais dois dos seus combatentes foram mortos, aumentando para 40 o número de membros do grupo que morreram desde o início do conflito.