Guerra: Médica ucraniana é libertada de cativeiro russo após três meses
Yuliia Paievska, conhecida como Taira, chegou a gravar imagens de atendimento a soldados feridos da Rússia e da Ucrânia

Após ser mantida em um cativeiro russo na guerra na Ucrânia por três meses, a médica ucraniana Yuliia Paievska, conhecida também como Taira, foi finalmente libertada. A notícia foi confirmada pelas autoridades ucranianas na sexta-feira, 17. A profissional da saúde estava presa na cidade de Mariupol e havia gravados imagens de horror de atendimentos médicos feitos em feridos do conflito. “Eu sou grato a todos que trabalharam para este resultado. Taira já está em casa. Estamos trabalhando para libertar todo mundo”, declarou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Civilian paramedic Yulia Payevska, #Taira was liberated, after more than 90 days in #Russian captivity.@ZelenskyyUa “I’m grateful to everyone who worked for this result. Taira is already home. We’ll keep working to liberate everyone.”#StandWithUkraine️
Stop #RussianWarCrimes pic.twitter.com/KTeHiOLp0P— MFA of Ukraine 🇺🇦 (@MFA_Ukraine) June 17, 2022
Com uma câmera acoplada em seu capacete, Yuliia Paievska gravou 256 gigabytes mostrando os esforços de sua equipe ao longo de duas semanas para salvar soldados russos e ucranianos. A médica ucraniana escondeu as gravações em um absorvente íntimo e conseguiu contrabandear as imagens para fora do país com a ajuda de uma equipe de jornalistas internacionais que cobriam os combates. Taira e um colega foram feitos prisioneiros pelas forças russas em 16 de março, no mesmo dia em que um ataque aéreo da Rússia atingiu um teatro e matou cerca de 600 pessoas.
Marido de Yuliia, Vadim Puzanov reagiu ao anúncio da libertação da esposa. “Foi uma sensação tão grande de alívio. Essas palavras parecem tão comuns, e eu nem sei o que dizer”, disse ele à imprensa internacional. A médica foi encaminhada a um hospital de Kiev para receber atendimento.