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Guerra entre Rússia e Ucrânia pode estar perto de chegar ao fim

Pessoas envolvidas nas negociações de paz afirmam que países estão progredindo em elaboração de plano de neutralidade

Por Duda Monteiro de Barros 16 mar 2022, 13h54

A Ucrânia e a Rússia fizeram progressos significativos em um plano de paz provisório de 15 pontos, incluindo um cessar-fogo e a retirada russa se Kiev declarar neutralidade e aceitar limites para suas forças armadas.

O acordo proposto, que os negociadores discutiram na íntegra pela primeira vez na última segunda-feira, 14, envolveria Zelensky rejeitando a Otan e prometendo não hospedar bases militares estrangeiras ou armamento em troca de proteção de aliados como Estados Unidos, Reino Unido e Turquia.

Embora os dois países tenham anunciado o progresso na tentativa de um acordo, autoridades ucranianas continuam céticas de que Vladimir Putin está totalmente comprometido com a paz e temem que Moscou possa estar ganhando tempo para reagrupar suas forças e retomar sua ofensiva. 

Nesta quarta-feira, 16, Putin reiterou que Moscou alcançará todos os seus objetivos de guerra na Ucrânia. “Nunca permitiremos que a Ucrânia se torne um reduto de ações agressivas contra nosso país”, disse ele.

Os termos da negociação permitem que a Ucrânia mantenha suas forças armadas, mas exige que o país fique fora de alianças militares como a Otan se abstenha de hospedar bases militares estrangeiras em seu território.

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O secretário de imprensa de Putin, Dmitry Peskov, disse a repórteres na quarta-feira que a neutralidade para a Ucrânia com base no status da Áustria ou da Suécia é uma possibilidade.

“Existem formulações absolutamente específicas e, na minha opinião, os lados estão perto de concordar com elas”, disse Peskov.

Apesar do progresso nas negociações de paz, as cidades ucranianas ficaram sob forte bombardeio pela terceira noite consecutiva, enquanto Kiev disse que estava lançando uma contraofensiva contra invasores russos.

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Em um discurso virtual a membros do Congresso nesta  quarta-feira, Zelensky pediu aos EUA que imponham uma zona de exclusão aérea ou forneça caças ou outros meios para afastar o ataque russo.

Makailo Podolyak, o conselheiro de Zelensky, afirmou ao Financial Times que o país “propõe um ‘modelo ucraniano de garantias de segurança’, que implica a participação imediata e legalmente verificada de vários países garantes no conflito do lado da Ucrânia, caso alguém volte a invadir a sua integridade territorial”.

Ele minimizou a importância da proibição de bases estrangeiras na Ucrânia, dizendo que isso já era impedido pela lei ucraniana.

O maior ponto de discórdia continua sendo a exigência da Rússia de que a Ucrânia reconheça sua anexação da Crimeia em 2014 e a independência de dois estados separatistas na região da fronteira oriental de Donbas.

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A Ucrânia até agora recusou, mas estava disposta a repensar a questão, disse Podolyak.

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